O mistério aglomera-se em sepulturas nos recantos mais escondidos. Fujo pelas saliências, abro crateras, violo o silêncio para sentir o mais íntimo sossegar da solidão. Gosto de ser embalado pelos devaneios do tempo, longe do caos que morra aqui ao lado. A luz verdadeira da pedra ardente, do osso de marfim, dos fios de cabelo que cria perfis de demónios na minha mente. A escrita rasga as fundaras num salpico vulcânico, afundando o inferno, naufragando a pauta no meu rosto, no retrato de fogo.
Solenemente estremeço ao entregar-me, ao absorver a lentidão do pousio. A face do meu rosto beija-me até ao limite do impensável. Resta dilacerar o EU no cântico da nudez demoníaca.
Solenemente estremeço ao entregar-me, ao absorver a lentidão do pousio. A face do meu rosto beija-me até ao limite do impensável. Resta dilacerar o EU no cântico da nudez demoníaca.
1 comment:
O EU dilacerado e nu...
Tua escrita silenciosa, tão melancólica e bela.
Gosto daqui!
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