Monday, December 14, 2009

Parabéns DarkViolet

Medo a deambular toca a vastidão, faz tremer o corte inquieto. Estremece o fluxo do olhar, desce na fuga do impossível, desassossegada forma ajustável ao pautar do caminhar. Trilho na esquina morde o suspeito em círculos, teatro da cortina esfaqueada. Reage a provocação no labirinto, fumo toca perplexos rostos a pingar o infinito, em que tudo fica dedilhado no íntimo dos filamentos. Pernoitam os números, galhos da cruz das incógnitas despem-se no segmento do suspiro.
Saber ler o mundo no desespero do mapa da simbologia é a maior questão do Ser. Quanto se ouve o gaguejar do estremecimento esticando o perfume do puro instinto na hilariante mistura dos fantasmas, a Alma perfura o alarme desorientado. São os gritos da essência do Ser a pintar o palco com trovões, envolvendo a nudez para manipular o esvoaçar do ninho. A moradia das asas é o sopro da inconstância por isso o mergulho são telas misturadas ao acaso do destino, esmigalhar fervente da frincha do vento. Pestanejar o ardor das nuvens dentro da montanha cria a frenética caça dos salpicos, aí apanho os suculentos trovões dos fantasmas e esboço a minha própria árvore do qual cavalgo como um louco nos galhos, agasalhado nas folhas recortadas no Inferno das tempestades. Ondulações uivantes...

PARABÉNS DARKVIOLET

Wednesday, December 09, 2009

Trilho da Beleza

Onde se encontra a beleza dos sentidos? A facilidade de encontrar certos patamares depende da ocasião insensata. Dá-se um espirro, tudo à volta fica atormentado. A fertilidade da imaginação pode esboçar toda a tela sem aí conseguir pintar algo que lhe possa fazer algum estado escandalizado. São os acontecimentos provenientes do encontro de cruzadas vivências que provoca a beleza dos arrepios. Uns vão-se, outros não existem, outros não se querem ver, uns misturam-se… Como certos frutos dão aquilo que é essencial para extrair a beleza dos sentidos, o trilho dá e estabelece a ligação ao complemento.

Algures na cidade de Coimbra, Conchada

Tuesday, December 01, 2009

Carruagem Branca

Vagabundo dos ossos partidos encontra-se na branca carruagem com as teias do destino. Invisíveis os olhos debruçam-se no fumo a triturar o tempo, esmiuçar o vagaroso toque. Não se sabe a semana, o mês ou o ano das divagações, somente o círculo fica abraçado ao poço. A chave do prazer está nos remoinhos das danças, enquanto os acontecimentos deixam a ferrugem estalar, a carruagem escorrega na linha; teias separadas dos ossos, ossos encontram-se junto à correria da carruagem à beira da corrente do rio. A velocidade galopa incessantemente, pecaminosa no desassossego onde o silêncio perturbante geme de aflições. Voa o vagabundo, voa a insensatez dos sentidos, desmorona-se a carruagem, não se encontra vestígios das teias perdidas. Pedaços escondidos às tentações dos labirintos ficam estilhaçados ao destino, morte prematura na visão do sonho…

Algures na cidade de Évora