Monday, December 31, 2007

Brasas Embaladas

Pedras molhadas ao sabor perverso dos corações. Agarrar a vontade de as tilintar, naquela ternura de as ver arder num limite inalcançável.
Escavar com os ardores na palma da mão até escaldar a pele, até o âmago virar gelo de fogo, até o pingar a progredir para gritar nas cavernas das teias. Som embalado de brasas dilacera o deserto...

As palavras circundam, circulam os pés nus...
Chuvisco de mais um ano...Fonte de gemidos...
Entra 2008...

Monday, December 24, 2007

Agasalho

Transporto o baú...
Enlaço as serpentinas...

Rego com a doçura o veneno.

O templo...
O tempo...
O vento...

Dedilhar o rasgo do coração...
Mergulhar a Alma na paixão...

Brilham as estrelas no agasalho da Lua...

Friday, December 21, 2007

Lareira da Noite Longa

A escuridão abrasa o segundo que escorre pelos poros. Velejar em tempos sem fim onde espreita o luar, a aconchegar as estrelas das nuvens deitadas no horizonte. Tilintar a noite longa na palma das folhas esvoaçantes. Dançam no chão, algumas nos galhos, outras no coração...Nesta transição a silhueta faz renascer nova época. Aromas a congelar essências e a transformá-las em licores para beber à lareira...


Thursday, December 20, 2007

Naufrágio Ardente

Navegar no mar....
Naufragar no rio...
Arrepiar as colinas....
Penetrar os soluços....

Dentro do tempo a iluminação rasga a espera....
Fora do tempo atormenta-se o desassossegar das velas...

Ouço os gemidos dilacerados no coração...
Ecos...Ecos....Ecos...
Ardentes...

Saturday, December 15, 2007

Calor do Ardor...

As folhas brancas pintam as telas dos heterónimos, enquanto as vozes salivantes de pensamentos sulcam o armazém dos sons. Na plateia o folhar dos jornais esboça uma curiosidade do entreter os olhos. Nos camarotes o visionamento dos duetos penetra o ardor dos toques embalados. Seres estranhos com sonhos acalentados. Paisagens dos escorregamentos delicados.
Cânticos sussurrantes desafiam patamares escaldantes, o desassossego cativante da mistura.
Até que chega a entrada dos heterónimos, e da mulher com fôlego. A escuridão abraça o louco dançar, da embriaguez louca de despir. Enrosca-se o calor, e abandonado ao estímulo de sentir as mãos, rodopia-se um vagaroso abrasar da Alma. Detido neste aprisionamento da liberdade o deslizamento enrola profundos desejos ao expender o infinito até à pele. O deambular das brasas seduz raios flamejantes, arcos de paixão, sensações de emoções a dilacerar as teias das veias.
Dedos que trespassam as flores vestidas, dedos derramados no vulcão. Inferno do baloiço a escrever o prazer, a rabiscar florestas de sonhos flutuantes, a endiabrar um pulsar sensual... Do ardor gemem lábios... Do calor ardem rios...Desejo forte do aquecimento íntimo...

Friday, December 14, 2007

Felicidades DarkViolet

Ao ouvir embalar os teus galhos sobes até ao profundo olhar das brasas. Ardes e tentas arder, umas vezes a ouvir a germinação do silêncio, outras vezes a saquear tremores de terra ao teu encontro. Um sorriso de ti para ti...

Tuesday, December 11, 2007

Hummm...

Beijos
e
Abraços!
Misericórdia a um pecador dos sentimentos. O inferno seja abrasador comigo...

Thursday, December 06, 2007

Run Santa Claus

Santa Claus…

You can run but you can not hide.
You can run but you can not die.

Run…Run…Run…
Fly or Die…Die or Fly...


You can run but you can not hide.
You can run but you can not die.

Butterfly…
Santa Claus…
Butterfly…

Wednesday, December 05, 2007

Gota

Chuva miudinha, colorida ao luar do nevoeiro, escorre em patamares da longa noite. Tesouros de sabores aglomeram-se junto à pele, resguardados nas profundezas do leito de mel, emigrados dentro das carícias. Cortejar contornos da bruma esboçada na lentidão dos prazeres, riscados entre os galhos despidos. Divertir os círculos de gotas ao entrelaçar do ardor para descair o manto...