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Thursday, January 22, 2009

Orgasmo Interior

As ruas estão repletas de nevoeiro, galhos a fugir com gotas de suspiros. Sente-se arrepios de calor nos perturbantes caminhos, fundir desencadeado pelas aberturas colocadas na Alma ao qual cada candeeiro rasga a pele, enigma da tensão existente na evaporação dos refúgios húmidos, esconderijos do renascimento que decoram o chamamento de sentir o cabelo molhado a esvoaçar. Os secretos lugares escondidos neste manto branco conseguem despir o nu, somente retalhando a imagem do alisado olhar. Nisso a nota rebola na fuga impossível.

Wednesday, December 05, 2007

Gota

Chuva miudinha, colorida ao luar do nevoeiro, escorre em patamares da longa noite. Tesouros de sabores aglomeram-se junto à pele, resguardados nas profundezas do leito de mel, emigrados dentro das carícias. Cortejar contornos da bruma esboçada na lentidão dos prazeres, riscados entre os galhos despidos. Divertir os círculos de gotas ao entrelaçar do ardor para descair o manto...

Saturday, August 25, 2007

Arbustos Nublados

Andam cegas as aves do desespero, um balanço sem baloiço, uma fuga ao tilintar do extrair da uva. Licores remem pelo rio em direcção à nascente, divagando pelos arbustos de densa vegetação. Sobem ao cume das tocas, o zumbir das falésias. Forte ao som da nublada chuva...

Thursday, August 16, 2007

Nevoeiro

Ouço o fumo do nevoeiro
A perguntar à sombra pelo seu destino...
A porta é aberta pelo escuteiro
De navalha de toque fino...

Friday, July 27, 2007

Salpicar o Fogo

Saia debruçada no altar...
Cortina curta moldada no voar...
Baralho da fogueira em nevoeiro...

Por dentro das gotas o grito
Salpica o orvalho do fogo...
Gemido entretido...
Vestido retido...

A transparente brasa
Rejubila o calor...

Sunday, January 28, 2007

Suavidade Embriagada

Olhos, mares, cantos vermelhos das margens por descobrir…

Arranco sons à tentação
Misturo vibrações
Dilacero o inferno...

Longas luzes penduradas
nas notas do piano
a virar esquinas das cordas...

Retiro o baú à suavidade
Trinco o distraído tempo
Levo o nascer da brisa
Ondulo o dedo
Faíscas de nevoeiro…

Pautas embriagadas.

Wednesday, January 03, 2007

Passos

Os passos na rua flutuam ao som da miragem de compassos, fecho os olhos para abraçar o nevoeiro, abro a pele para evaporar. Sinto-me a gemer neste espaço de leveza, dispo a silhueta das bolhas e sigo os galhos nus do Inverno...Mão fria dançante...

Monday, December 11, 2006

Tocam os sinos

Transbordar a revisitar o convento
Para devorar derrocadas caídas
Os sinos tocam; 3 dias faltam...
Sagrados talismãs, histéricas romãs...
O nevoeiro toca o fumo,
Abraço de vento, orgulho sem assento
Retornar aos sorrisos...
Retornar aos jazigos...
Derrubar assombrações, cobrir maldições...
Encher os corações...

Veste o negro doce demónio...
A tua Alma é grandiosa...

Friday, August 25, 2006

Campânula

Entrei no nevoeiro de tocar
O horizonte da campânula,
Adocicando o meu perfume
Nas artérias do destino.
Mergulho nas Almas
Desprovidas de odor,
Ardidas nas sombras
De galhos húmidos...
Sobem os ventos do Outono
Em cada Falésia desconhecida...
São os meus sonhos
De voar por cima da montanha,
De voar agarrado à fantasia...
Um eclipse Lunar...

Monday, August 21, 2006

..."They keep calling me"...

E hoje acordei ao som de Joy Division, porque existe no refrão da música "Dead Souls" uma parte que me deixa encantado..."They keep calling me"... A metamorfose dos lugares deixa-me confuso, a metamorfose das pessoas deixa-me indiferente, mas o som da simplicidade das cordas de violino que estão penduradas na minha Alma, enchem-me de esperança...

Dead Souls

Someone take these dreams away,
That point me to another day,
A duel of personalities,
That stretch all true realities.

That keep calling me,
They keep calling me,
Keep on calling me,
They keep calling me.

Where figures from the past stand tall,
And mocking voices ring the halls.
Imperialistic house of prayer,
Conquistadors who took their share.

That keep calling me,
They keep calling me,
Keep on calling me,
They keep calling me...

O que ouvirei no horizonte do nevoeiro?...

Monday, July 10, 2006

Nevoeiro de Lua

Coração de nevoeiro embebido
A expelir cinzas de vidro...
Extrai-se as estrelas do fôlego
Para derramar ampulhetas de sono...

Teoremas de pó florido
Na silhueta destes contornos,
A força da picada esventrada
Para dos pés entornarem neve...

Dos olhos pinga a Lua...
Dos lábios pinga o calor...
Da Alma pinga o ardor...
Chuva miúda rasga a neblina,
No afundar de belas ruínas...

"Um sorriso radiante de raios transparentes, iluminam..."

Saturday, May 27, 2006

Longe

Pintei a selva do meu corpo...
Torci a dor com a sede...
O baú dos tesouros está escondido,
Na falta de água, na floresta densa...

Atrair a transparência do prazer
Já é uma aventura...
Um licor de cheiros
A neblina de masmorras, sinto...

Paraliso o meu corpo
Porque olho para longe...
Deixo uma aranha passar na minha mão,
Ela faz-me baloiçar...