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Friday, December 29, 2006

Areia

A simbiose reflectida nos ossos especula sobre os odores. Caracterizar as pétalas dedilhadas, a dança das luas nos cordéis, até a magia da água transbordar na arte das falésias. Navego nestas imagens, perfuro a liberdade da levitação, não esqueço a essência que me faz flutuar. Simplesmente ponho os remos no altar, a mão em cima da outra, e pinto o pó para moldar o ar. Os relâmpagos rompem num tom roxo, o cachecol enrola o calor, os dedos aquecem as velas e os meus aposentos gelam.
As gotas irromperam nos anéis, escaparam por fios soltos pendurados num traço de estrelas. Caminham por um destino que não compreendo mas que o silêncio ajuda a matar. Esse vazio preenchido que não rega os fragmentos, deixando-os apenas a soluçar na escuridão. Quem segura cada brilho têm a solução, no bolso da imaginação.

“Que na tua árvore de Natal brilhe a magia, o amor, fé, vontade, desejo, liberdade, sucesso, a felicidade e um novo ano de luz e esperança”

Ao dormir os sonhos apoderam-se de mim e vejo uma árvore descaída pelo monte. Grandiosa nos seus ramos, nos enxertos que povoam cada estrutura de feitiços e nas folhas de variadas cores. Por vezes encanto-me nas tentativas de fazer crescer novos ramos, diferentes ou contagiantes. O rasgo feito na superfície, a moldura de terra que se esboça para evoluir, os diversos tamanhos de encaixe e o tronco grosso permanece a levar com o vento de furacões. Alguns enxertos partem-se, partem, viram perda ou pedra. Por vezes florescem sem saber como nem onde, alguns caem e nascem nos pés do grosso tronco. Ainda há outros mesmo estando metido numa essência confunde perfumes. Há múltiplas variedades de raízes na terra e no ar. Mas....

A areia gelada
Ardia no fogo de artifício...
Abismos de calores
Falésias de silhuetas...


Viva o ano 2007 que começou há uns milhões de anos atrás.

Friday, September 08, 2006

Duende

Abraço tua Alma num voo
Olhando para a Lua pousada na asa.
Caminho pelos dedos das penas
Tocando o pousio da tua mão.
Atravesso a silhueta das velas
Ao contemplar-te nos meus braços.
Sim..Olho para a Lua...
Sim...Olho para ti...
Quero-te enrolada
No ardor do frasco
Derramando pétalas de essência...
Perfume da ternura de laços...

Monday, July 10, 2006

Nevoeiro de Lua

Coração de nevoeiro embebido
A expelir cinzas de vidro...
Extrai-se as estrelas do fôlego
Para derramar ampulhetas de sono...

Teoremas de pó florido
Na silhueta destes contornos,
A força da picada esventrada
Para dos pés entornarem neve...

Dos olhos pinga a Lua...
Dos lábios pinga o calor...
Da Alma pinga o ardor...
Chuva miúda rasga a neblina,
No afundar de belas ruínas...

"Um sorriso radiante de raios transparentes, iluminam..."

Monday, June 19, 2006

Plim...

Pluveja nesta viagem,
Troveja na margem,
Pedaços de miragem em rostos escondidos.
São assim os olhos queimados...

Serras de fogo enjauladas,
Mergulho nas memórias regadas.
Debaixo do solo, a escuridão descalça.
São as cicatrizes do Oriente...

Sons fúnebres ardem
Em olhos estagnados, vazios...fogem...
Corridas em precipícios de aromas.
São as silhuetas do Chile...

Do Alto para o alto do mármore
A essência perfumada das flores.
Rabisco o banco da formosura.
São o dedilhar das mãos puras...

Menina de sorriso tímido
Toca-me as cordas do violino...
A agitação do coração embala-me.
São poções de subtilezas...

Vagueio pelas ruelas brilhantes
Em misturas embriagadas de fome.
Restos de ossadas que tilintam.
São galhos da cidade maldita...

Preencho o poço dos Prazeres
Na mulher de sorriso largo,
Esbocei um corvo no jazigo.
São pisadas de fogo sublime...

Flutuo as veias no abismo,
O céu rasga-se de trovões
Por estar a violar esta terra...
São estrelas de velas...

Arrggghhhhhh!!!
Arrggghhhhhh!!!
Arrggghhhhhh!!!
Arrggghhhhhh!!!

O doce inferno dum trovão
Da chuva molhada...

Friday, May 19, 2006

Tuesday, May 16, 2006

Altar

No altar dos Himalaias...

Não sei se há flores em canteiros despidos...
Não sei se o perfume das asas chega aos céus...
Não sei se as lágrimas da chuva são vitrais...

Sei que existe uma silhueta no cordel da memória...

Não sei se os olhos estão cegos...
Não sei se há vontade em mim...
Não sei se há força feita de aço...

Sei que existe uma silhueta no cordel da memória...

Sunday, April 16, 2006

Archote

Na terra demente
Muralhas rasgam o afunilar,
Derreter o penetrar fervente,
Esculturar na moldura da fúria...

Carris arrancam do forno
A fervilhar no mesmo Amar,
Ocultar ao lavrar o dar
Mostrar a natureza pura...

Cavar a lendária câmara
Da silhueta da tua vela…
Archotes de gelo,
Paus encravados a iluminar…

Wednesday, April 05, 2006

Pedaços

Cada chuva invade a Alma no suspiro quente da memória. Não posso estar onde quero, posso somente estar no passado. Crio ramos onde o tronco já está, sinto falta daquilo que sou, moldo o futuro. A pureza de ser estranha-se, o ser contrário apaixona-se. Expressão da leveza, de arrancar o coração dos bens materiais, soa a não existir. Prefiro este soar, este bater forte, este molhar de silhuetas. A solidão faz parte dos cantos do quarto, da cama donde caiem lágrimas, do tecido de vida. Tudo se mistura para albergar emoções. Já não consigo viver sem elas, nem sentido faz viver com elas. Cultiva-se a terra arável, da dança molhada da ausência...Amo...

Wednesday, March 29, 2006

Piano

Acordei dum sonho
Dum punhal de silhuetas,
Ofuscadas em maremotos
Nos movimentos de rasgos...

Tremo de tanta impotência...
As teclas soltas, resguardadas...
Fogo de luz branca,
Pintado no sossego...

Vou brincar no piano,
Esticar as cordas,
Ouvir as cores a saltitarem...
E quando for de manhã vou recomeçar
A ver a Lua, a minha Lua...
Que é nossa, que será sempre nossa...

Thursday, February 23, 2006

Dedos

Silhuetas de dedos,
Danças que contemplam os céus,
Esqueletos numa forte melodia
Agregam-se envolvidos no odor.

As almas roçam de dor
Amplo querer, adormecido,
Embebido no esmagamento,
Nos traços da memória.

Leveza, Subtileza, Beleza...
Chuva forte nesta brisa,
Coração que ambiciona entornar-se na dança...
Maldito seja meu ser, por em prisão ter ficado.

Tuesday, December 06, 2005

Vêm

Água do céu escuro que ouves meu ninho brilhar, vêm até mim...
Vento que levantas de manhã, vêm até mim...
Pedaços de orvalho que adoças o ar, vêm até mim...
Arcos de profundeza, vêm até mim...
Silhuetas no mar a levitar, vem até mim...

São cores, são sensações, são estados de espírito...
São as moléculas da saudade que transpiram....
É a pele molhada de mel....

Thursday, October 13, 2005

A formosura mehndi.

Emoldurar o tempo em guarnecidas seivas, segurar o segredo de cativeiros, ou apenas desejar a expressão máxima de linhas que ficam sedimentadas nos substratos da evolução. Se na pele humano cada canteiro floresce, cada floração fica pigmentada, cada pigmento encaixilha nas suas vestes, então as aranhas do tempo voam nas falésias dos traços. São forças de milénios enraizadas na beleza de sulcos, do amor, do calor, da leveza dos símbolos. O corpo regado na sementeira de movimentos labirínticos que fica sufocado nas silhuetas de consagrar a vida. A formosura mehndi.