Monday, June 19, 2006

Plim...

Pluveja nesta viagem,
Troveja na margem,
Pedaços de miragem em rostos escondidos.
São assim os olhos queimados...

Serras de fogo enjauladas,
Mergulho nas memórias regadas.
Debaixo do solo, a escuridão descalça.
São as cicatrizes do Oriente...

Sons fúnebres ardem
Em olhos estagnados, vazios...fogem...
Corridas em precipícios de aromas.
São as silhuetas do Chile...

Do Alto para o alto do mármore
A essência perfumada das flores.
Rabisco o banco da formosura.
São o dedilhar das mãos puras...

Menina de sorriso tímido
Toca-me as cordas do violino...
A agitação do coração embala-me.
São poções de subtilezas...

Vagueio pelas ruelas brilhantes
Em misturas embriagadas de fome.
Restos de ossadas que tilintam.
São galhos da cidade maldita...

Preencho o poço dos Prazeres
Na mulher de sorriso largo,
Esbocei um corvo no jazigo.
São pisadas de fogo sublime...

Flutuo as veias no abismo,
O céu rasga-se de trovões
Por estar a violar esta terra...
São estrelas de velas...

Arrggghhhhhh!!!
Arrggghhhhhh!!!
Arrggghhhhhh!!!
Arrggghhhhhh!!!

O doce inferno dum trovão
Da chuva molhada...

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