Aberto entre mundos desconhecidos, as asas moldam os papéis queimados. Até o cheiro das cinzas se penetram por essas fendas buscando o leve sentir do tempo. É como se o ruído de polir transparências, fosse uma forma de celebrar a roda do moinho. Todos os pedaços que fogem em salpicos unem-se em sítios separados da Alma. Sei que não posso fazer muito perante um abismo tão profundo, mas sei que em mim existe espaço para que cada cicatriz se incorpore na escuridão da luz. Por mais que o som seja oco, por mais que os olhos não sentem, por mais que os pés não caminham pelo sítio certo, existe prazeres para serem descobertos no meio dum grão de areia.
2 comments:
Há sempre um enorme prazer em redescobrir a alegria de viver e a satisfação nos mais pequenos pormenores...
Agigantar um pormenor, tarefa que ás vezes é necessário. Não para torná-lo vísivel, mas sim para preencher o espaço vazio.
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