Seguro-me nos arames do tecto,
Num copo de sangue, a espumar…
Salpico esta fermentação
Com espasmos infernais de espinhos…
A melancolia dum sorriso a riscar o som, vazio…
Gracejo em hiatos de sulcos,
Arregalado para sufocar-me de êxtase.
Vem até mim, cresce no dorso do demónio…
A morder a cicatriz da última veia de sede…
A dançar o grito da última janela de vento…
Vem até ti, adormece nas trémulas asas…
A dilacerar o terror do olhar…
A devorar o sémen da natureza…
Vem brilhar esta tela…
Que venha a escuridão completa…
2 comments:
Ainda é cedo...
Ela virá, e aí a serenidade do tormento virá em forma de chuva miudinha, incessante...
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