Friday, April 22, 2011

Trigrad - Bulgária

Escuto os demónios invadirem a minha mente, a afunilar demências em puros abismos. Qualquer configuração simboliza o estreito trilho entre enlouquecer e endoidecer, contemplar estados vigorosos na permutação aflitiva de penetrar e não querer sair. Sufocar em suspiros, completa forma de guardar o eco na exteriorização dos gritos. A intimidade permuta com o fluxo da natureza num vai e vêm a prolongar o instantâneo. Não existe nenhuma margem para a sobrevivência, somente o tremor de galgar temperos de água insana num dialecto impronunciável. Quando as cordas são colocadas no alto dos penhascos, o som de voar apregoa ao vento para suster o fôlego. O fôlego respira demónios que foram e nunca mais voltaram a outras paragens senão a esta de Trigrad.

TRIGRAD

1 comment:

Vanuza Pantaleão said...

Trigrad, vejo penhascos e pequenos vales, água, cavernas. O vento traz seu hálito e tudo se move nesse vai e vem...