Sunday, July 15, 2007

Eternidade

Dir-te-ei que sou belo, ver-me-ás como um monstro. A neblina da chuva entra nos poros do fogo, circunscrevendo a permanência do descanso. Relatos que fogem do encanto dos ossos ao tocar as cinzas dum desenho opaco. Somente a cortina retalhada sobre o rosto pede clemência às pétalas sufocadas em néctar, mas por isso o levantar dos sinos faz troar relâmpagos. Cantam os pós estalados ao rugir do amanhecer, a bruma da eternidade.

8 comments:

Guilherme Lima said...

Eternidade...
Repudio tanto essa palavra que chego a amá-la...
Absorvi cada palavra com atenção...
E deixo palavras que não minhas mas de Oscar Wilde:
"A única diferença entre um capricho e uma paixão eterna é que o capricho costuma durar um pouco mais."

Abraço.

Nanny said...

huuummmmm

É este o papão..?

Querooooo

;-)

MS said...

Sem dúvida um texto intenso, tal como a eternidade.

Não sei quem te verá como monstro... eu vejo-te como poeta/ser sensível escondido neste canto quase 'dark' mas onde a luz se faz visível...

DarkViolet said...

Ariel d'Angouleme:

É normal medir tudo através do tempo. Por vezez correcto, muitas vezes incorrecto.

Nanny:

Ao desejares a eternidade acho que te podes arrepender :D


Miosotis:

Imensa gente...LOLOLOL
De vez em quando tb está pintado a tons de Violet ;)

Twlwyth said...

Aprisionar-se no tempo

DarkViolet said...

Twlwyth:

Há tantas prisões, umas visiveis outras nem tanto....

MagnetikMoon said...

Bem conseguida a marcha triunfante da bruma ,que n�o se afoga em cinzas mas oferece uma Eternidade que seduz o suposto monstro;)

DarkViolet said...

MagnetikMoon:

A eternidade é o monstro :D