Saturday, June 28, 2008
Monday, June 23, 2008
Caixão incógnito
Fluxo daquilo que não entendo escolhe o lugar do afogamento dos galhos. Estendidos sobre o céu de espinhos o corredor é a incógnita. Som amontoado de nuvens chocam do desejado até ao apogeu do Amor, desfolhado sulco. Calor embrulhado, envolto em ventania, acorrentado à fuga para a leveza misteriosa da desconhecida gruta. Velas de chamas sepulcrais cortejam a cerimónia, gelo dum caixão abraçado. Veludo que penetra as vertigens, alucinando a descida à solidão, ao chamamento da colmeia embriagada. Deflagram terramotos no deserto...
Sunday, June 22, 2008
Thursday, June 19, 2008
Difusa Lua
Raramente a Lua olha no espelho de mim. O reflexo do permanecer geme num esconderijo que não aguento; um aflito vazio de coisas cheias. São cadeiras esfumadas do desejo encontrado, tocado nos encontros não celebrados. Pego no interior duma divagação, quente ardor do enlouquecido, pauta vaga de notas opacas de transparência. Escrevo para não escutar o silêncio. Escrevo para o requinte dos meus lábios.
Irei embora sem perguntar às janelas a causa de estarem fechadas. Partirei sem o tempo ter masturbado com a vontade as chamas. As cordas repletas da força das exclamações. A chuva de fumo descai no vento. Anoiteço no desespero...
Existe a folha em branco, olhos cruzados de sensações, fogo guardado do talento mágico. Múltiplas acções encontradas na imaginação, no puro vinho que escorre num corpo mutilado. As ideias mergulham a respingar nas paredes dum poço cheio de silvas. És a criação da fuga, a culminar um excerto. Transplante da Alma, transplante do Corpo. Um voar destinado a “melodiar” as orações. A hora difusa da fé...
Irei embora sem perguntar às janelas a causa de estarem fechadas. Partirei sem o tempo ter masturbado com a vontade as chamas. As cordas repletas da força das exclamações. A chuva de fumo descai no vento. Anoiteço no desespero...
Existe a folha em branco, olhos cruzados de sensações, fogo guardado do talento mágico. Múltiplas acções encontradas na imaginação, no puro vinho que escorre num corpo mutilado. As ideias mergulham a respingar nas paredes dum poço cheio de silvas. És a criação da fuga, a culminar um excerto. Transplante da Alma, transplante do Corpo. Um voar destinado a “melodiar” as orações. A hora difusa da fé...
Monday, June 16, 2008
Masturbação
Certas melodias ouvidas ao mergulhar do sopro são a pureza, sedentos de chegar ao último fôlego. Aquela imagem do retrato, a ultima vista gótica do suspiro, o desfile da insanidade, o veludo sedoso da Lua. Dançar à volta da pele nua, vibrando as mãos num círculo ampliado na ampulheta. Tinta da noite pincelada nas cortinas do rosto faz a atmosfera circular. Forte embriaguez acaricia os seios dos gemidos, génese dos castelos.
Thursday, June 12, 2008
Respirar
Atira-se o amanhecer sobre os pés ao som dos estilhaços, ao ponto mais alto das muralhas de vento. Gelado o calhau cobre o nevoeiro, abraçado ao veludo, sopro enorme no último ressurgimento dum rasgo. A bela guilhotina aconchega seus carinhos na última refeição da batalha.
- Devorai os mortos! Devorai aqueles que se afogam! Devorai a esperança! Chegais perto do abismo, perto da fraqueza das ossadas! Respirai...
- Devorai os mortos! Devorai aqueles que se afogam! Devorai a esperança! Chegais perto do abismo, perto da fraqueza das ossadas! Respirai...
Sunday, June 08, 2008
Saturday, June 07, 2008
Multidão
“Aquilo que chamam amor é bem pequeno, bem restrito, e bem fraco, comparado à inefável orgia, à santa prostituição da alma que se dá por inteira, em poesia e caridade, ao imprevisto que se mostra, ao desconhecido que passa.”
Charles Baudelaire – O Spleen de Paris – XII As Multidões
Charles Baudelaire – O Spleen de Paris – XII As Multidões
As cores são olhos misturados, desfolham mentes diversas, agarradas em palavras que saltitam dos lábios, nos gestos barulhentos, acordados pelo movimento. A licença derramada, e choram corpos. Arrepio dum congelador povoado de sentido. O som penetra a imagem do corpo feito de chamas. Surpreendido pela ignorância dos cabelos, não sou mais que a sombra voadora. E, suspiro para além da imaginação, respiro do além para guardar um retalho. Uma tela esfrangalhada de notas dançantes, criativo odor dum desespero visionário. Talvez a criatura do ordenamento chame por mim, do profundo infinito até junto das cordas dos filamentos do mar. Um resguardo contagiante da ondulação. Pó e salpicos de pó...
Wednesday, June 04, 2008
Sopro
A personagem sentada nos patamares gelados, encontra-se a perguntar a si mesmo, onde será o local da fonte. Poderá a silhueta dum véu cobrir o rosto despido?
Transparentes os patamares cantam melodias, bordos dos sentidos conectadas às asas. Sopram ao infinito um instinto de palpitações...Sopram.
Transparentes os patamares cantam melodias, bordos dos sentidos conectadas às asas. Sopram ao infinito um instinto de palpitações...Sopram.
Sunday, June 01, 2008
Pequenote
Subscribe to:
Posts (Atom)