Quando de repente se ouve o estrondo das tintas a rasgar o passado, questiona-se a forma de como os relâmpagos estiveram cegos ou não puderam revoltar-se. O metabolismo torna-se impotente, fica na sofreguidão de um apodrecimento lento, duma forma crua de solidão imposta. O objecto humano é torturado até ao último grito, fazendo eco sem o som se propagar. São lagos de sangue, caveiras de dor a desembargar naufrágios, mutilação absorvida. As Estrelas brilham intensamente no interior apesar de toda a atrocidade, de todos os fantasmas sem misericórdia.
3 comments:
...e são palavras como as tuas que propagam no tempo o eco ensurdecedor desses gritos então abafados; para nos lembrar que os pesadelos são reais e não podem ser repetidos.
Acho sempre os relampagos dignos de revolta!
Muito bom como sempre:)
um beijos Dark
Há sofrimento e muitas dores nesse mundo, aliás, sempre houve e haverá. Mas...as estrelas sempre, sempre hão de brilhar!
Amigo Darkviolet, não sei se crês no Natal, não sei qual é a sua crença. Mas isso não me importa, pois cada um de nós ainda é livre para crer naquilo em que o seu coração se propuser a acreditar. Porém, aqui estou para dizer-te com sinceridade da minha admiração pelo teu trabalho poético na blogosfera.
Obrigada pelas tantas vezes em que estivemos juntos!
Um 2011 de muita criatividade!
Abraço carinhoso...
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