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Monday, June 05, 2006

Olho...

Não tenho pintado o coração, nem queimar minhas mãos quero, talvez apenas cheirar o chamuscar dos pêlos púbicos. Apenas deixo a respiração esvoaçar nas cicatrizes dos sons que chegam até mim. Rasgos vazios a moerem a escravidão das palavras, num toque da última tristeza que estou a tingir. A natureza é justa em seus traços, correcta na sua forma de agir, e justa no seu castigo. Mas acima de tudo, vivo acima disso, sou asas a pingar salivas de desejos até que o pólen transborda nestas brasas e gele o coração do prazer. O medo de saltar este abismo para o portão imaculado que está vidrado de flores, o caixão dos loucos, a pétala da essência, está na esquina...Olho...

Saturday, June 03, 2006

Sem sentido

Por dentro da história deixei de ter memória.
Rasguei pântanos de musgos
Por desvio de olhos ocos...
As lágrima florescem derretidas na jóia

Caem folhas, Caem folhas,
De cinzas se cobrem...
Crescem olhos, Crescem olhos,
Curvados da cor dispersiva...

Dia do Dia,
Que mia, já não ria...
Sorria quando abria e via...
Tossia nessa alegria...

Friday, June 02, 2006

Opaco

O mundo olha na transparência
Do fundo opaco...
Meu olhar cai nos meus lábios,
Secos por falta de esperança.
Não vejo ninguém, somente a mim...
Dói-me o que sou,
Sem razão aparente...
Gelado de emoções, esgotado...
Valsas sem nada em redor...
Apenas penas a esvoaçarem...

Thursday, October 27, 2005

Há toda a memória

Há livros nos pés,
Há cordas enraizadas na alma,
Há melodias de costumes,
Há troncos de suavidade.

Toda a calma,
Toda a vontade na pelugem,
Toda a raiva de rasgar a pele,
Toda a ternura desfolhada.

Memória de pingar o orvalho na veia do recanto do olho...