Monday, March 26, 2007

O romance do baloiço...

Girar as correntes em torno do reflexo pendular soa a silêncio provocado pelos galhos nus do som do Inverno. Baloiço a tormenta do corpo num ritmo incendiário, na falha de não ouvir os raios lunares para riscarem a Alma – tropeço no vazio. Segurar as rédeas do soluço faz recuar o eco até às infinitas estrelas suspensas. Movimentos oscilatórios da invencibilidade tornam os sentimentos cordilheiras de barcos a navegar no pêndulo. Danço nas mãos, no imaginário duma criança a brincar num baloiço... O romance...


11 comments:

susana said...

A infância trás as melhores recordações e os melhores anos de vida (excluindo a Casa Pia claro)!Não tinhamos a noção do tempo,nem da verdadeira realidade!Tudo era fantástico, tudo era uma aventura, como um sonho, onde a morte ´não existia! Gostava de balançar-me cada vez mais depressa e depois deixar-me cair, tinha a sensação que voava por breves segundos.....

MagnetikMoon said...

Sempre encontraste o baloiço;-)... Uma dança entre passado e futuro,a sombra tímida do presente procurando num presente desfocado o alheamento ou a redenção[?]...

DarkViolet said...

missixty:

Os compassos do tempo tremem ao longo da vida, mas o pêndulo nunca fica parado. Nem só na infância há baloiços. Se fosse assim haveria barreiras para o sonho.


MagnetikMoon:

Demorou mas encontrei-o. É mais uma dança não sincronizada e sincronizada. Pode ser encarada nessa perspectiva. A sombra move-se...

MS said...

Concordo contigo! Nem só na infância há baloiços! Seria demasiado cerceador... ñ só para a o sonho! Os gestos e os afectos a eles ligados também ficariam mt penalizados!

Este teu 'post' eu entendo bem e sinto-me nele estranhamente à vontade! É que baloiça nele mt sensibilidade e ternura,apesar da tristeza!

O vídeo, pelo contrário ñ entendi plenamente... é insonoro?!

Mais uma vez mt obrigada pelo olhar poisado em meu espaço!

Twlwyth said...

Gosto de romances oscilantes, o que não gosto é de ficar presa nas correntes como estou agora. :(

betty boop said...

Continuo a olhar para os baloiços...continuo à espera que os sonhos de infância se concretizem...mesmo quando as barreiras se instalam.

DarkViolet said...

Miosotis:

É verdade não tem som devido a problemas de equipamento:D Sempre podes pensar num som prórpio para o baloiçar. Quando olhares para o video pensa no seguinte: círculo, sincronização ( e falta dela), adormecer, levantar, toque... Talvez aí tenha sentido. Se não conseguir que tenha algum sentido para ti, então tenho que mudar o modelo para outra pessoa :D


Twlwyth:

As correntes podem ser puxadas e levar-te para mares por descobrir. Sento elas esticadas ou soltas como no baloiço. Sentir o vento acaba por nesses casos ser importante...


betty boop:

Podes sempre jogar à corda. É verdade que por vezes temos esperar que os sonhos se concretizem, mas ir ao encontro desses sonhos também é um passo a ser pensado. As barreiras oscilam nos pontos de contacto da imaginação real ou virtual.

Jade said...

já não acredito nos sonhos infantis...tornei-me demasiadamente racional para acreditar em sonhos. Gosto de baloiços...pela liberdade que me fazem sentir...e aprecio as suas correntes pela segurança que me conferem de nao me deixarem ir longe demais...

DarkViolet said...

Morrigan:

O sonho existe sempre, nem que seja um sonho contido. O teu sonho neste caso são as correntes:D (O que exprimes é uma naturalidade das vivências- acontece a mim também, mas não me impede de poder sonhar)

MS said...

Ñ percebi a tua resposta, sobretudo na parte final: '...Se não conseguir que tenha algum sentido para ti, então tenho que mudar o modelo para outra pessoa :D'?!

Talvez um efeito de charada, dp de um diálogo possível?!

Qt a música ou som, ñ te preocupes! Transporto uma diversidade sonoplástica interessante pela sua diversidade!

bjs

DarkViolet said...

Miosotis:

Presumi que a culpa fosse do modelo, que sou eu. Estava a brincar...