Wednesday, May 07, 2008

O Texto do Amor

Os dedos deslizam em remoinhos acompanhando a leitura. Frenética a convergência da palavra para não se afundar num prazer único, num assobio que fizesse chegar a cada letra os suspiros do trovejar. Pingar sobre condensação, sepultar arrepios num embalar ondulante...Gestos alucinados das trevas mergulham-se nas margens do vulcão, a fervilhar o pulsar de detidos nós. O suporte do texto na flutuação de janelas futuristas, ouve a imensidão da mistura. Lavrar a concentração da fuga irresistível até ao ponto do degelo de glaciares formarem teias; adivinhar a agitação murmurante ao chegar da folha de nome saudade. Aí o vento apodera-se da vontade e espalha por colinas íngremes o desejo.

2 comments:

Twlwyth said...

Várias formas de Ler, Sentir o Amor.

DarkViolet said...

Twlwyth:

Nas várias facetas existem sempre algumas que pintam mais que outras