Thursday, October 16, 2008

Infinito

A casa do sótão localizada no telhado da cave, encontra-se na esquina dum mapa, a tocar o labirinto da floresta. No contorno da horta profana-se a dor, relata-se como as fragrâncias são perturbantes, como a barba cortada ao acaso faz florescer cogumelos e, do suspirar desagua reflexos dum lago arrepiante. O mordomo devora à janela a chuva do destino.
Mas isso é o que se consegue a observar por um binóculo. Olhar duplo, rosto detido nas lentes, mãos de cordas; observa-se o licor...

6 comments:

Blood Tears said...

A realidade retida nos objectos que a contemplam.... A dor floresce na chuva licorosa.

Blood Kisses

MS said...

... sempre excelente na junção de palavras que provocam jogos semânticos bastante ricos!

O último parágrafo, lindo!

Sensibilizada pelo teu olhar em 'fragmentos'!

... interessante esta 'duplicidade/cumplicidade' de cultura francesa :)
Suponho que o título da canção é 'Emmanuelle' no feminino...

MS said...

... uma 'gesto amigo' te deixei...

DarkViolet said...

Blood Tears:

Muita flores são semeadas na dor. Objectos que se sentem e se interioriza


Miosotis:

Preocupa-me haver tanta rqueza semântica... ficará por vezes demasido subjectivo o texto.
É muito provável que seja escrita dessa forma, mas como de onde tirei a música tinha o formado "emmanuel" não a tirei a dessa forma.

P.S: uma bela iniciativa de propagar o conhecimento pela causa

MagnetikMoon said...

Preâmbulos deambulantes de jogos insanos percorrem as células das frases...

Magnetikiss*)

DarkViolet said...

MagnetikMoon:

Quem entra numa casa assombrada tem que saber ter o suspense como reflexo de outras fases. Nesse momento o licor é arrepiante