Monday, March 23, 2009

Coimbra V

Havia desassossego no leito da Alma, cana infiltrada em cearas desbravadas com o sopro dos gigantes. Lençóis pintados com o sabor da tela de frutas, rostos acolhidos na suavidade de melhorias sentidas, uma eleição desejada de silêncio. Gritos espessados de correrias, viagem ilimitada do tempo nivelada pelo coberto lenço encapuçado. Não paro quieto no agitar das lamentações, entrelaço os raios assustadores e debruço o abismo no paraíso, voo acima das copas, rasgo as curvas no limite das flechas. Notas flutuantes de ardor. Ilhas de raízes a regarem os sentidos dos dúbios momentos.

3 comments:

MagnetikMoon said...

Silêncios,interiorização das muralhas que não são mais do que cortinas.

Magnetikiss;)

Gothicum said...

...em todos os dúbios momentos há sempre a certeza dos mesmos...são estes momentos que nos conciliam com o devir da vida.

DarkViolet said...

MagnetikMoon:

As cortinas estao debruçados no mondego, abreviatura do infernal sentimento que é o desassossego. As muralhas com flechas cravadas


Gothicum:

e acima de tudo possibilita o crescimento do EU interior