Monday, March 02, 2009

"Sacrifício"

O som dos pequenos bosques germina o cantarolar do lago isolado. Enroladas músicas da solidão espalhada desdobram os olhos cruzados com o vento a bater sossegadamente no tempo. Escolher o labirinto insano de regar o seco “pé” cortado, excluído do interior devastado. O contemplar das chamas toca a simplicidade do pó, resquícios da loucura do último suspiro vagaroso, da corda de remoinhos a calçar a vastidão terminal das gerações. Correr, deambular...

5 comments:

Lady Candlelight said...

Tantos sítios onde nos podemos perder...onde podemos encontrar o pedaço que faltava para que voltassemos a fazer o mínimo sentido!Inverno ido, Primavera vindoura...presença morta, alma renascida!

film-m k said...

(1ª visita)

curioso: revi o sacrifício anteontem,
mas o que tenho no coração é mesmo o andrei rubliov.

cumprimentos calorosamente tarkovskyanos!

(voltarei decerto!)

Gothicum said...

Um incêndio na natureza e´como uma tempestade no nosso interior, por onde passa tudo devasta, mata, destrói...no entanto, quando menos se espera, renasce o verde. Ao princípio, muito tenuemente, desabrochando...tal como a vida. Abraços

MagnetikMoon said...

Redescobrir o pleno quando o Sol se entrega à imensidão estelar e medita...

Magnetikiss;)

DarkViolet said...

Lady Candlelight:

Até perder e nascer o que está morto. Renascer o constante desejo de regar o labirinto, o suspiro do isolamento


film-m k:

coincidências :)as marcas do que vemos espalham-se nas folhas que os galhos colhem


Gothicum:

Esse ciclo infernal brota com invulgar força. as cinzas são o alimento do futuro, mesmo que o passado se queira apoderar delas


MagnetikMoon:

Meditar na ampulheta, meditar gerações de partilha, ouvir os bosques perguntar pelo sossegado momento