Saturday, May 02, 2009

Silhueta

Esbocei um riso melancólico na face do enigma, um desalinhamento obscuro de pés calcados de pincéis dóceis. Levantou-se a poeira dentro dos olhos, rabisco envolto na camada mais pura do subsolo, as silhuetas gemem, as notas badalam a Alma numa percussão perfumada…

5 comments:

Elisabete S. said...

Conhecem apenas a ideia que têm do amor. Mas conhecer a ideia do que é o amor, não é o mesmo que conhecê-lo, a cru. Já o lugar vazio, muitos devem ser o que o sentem e o conhecem, mesmo sem o saberem. Faltará sempre algo, mesmo não sabendo o quê.

Mas agora, não te limites a ser apenas a silhueta de algo maior. Não sejas a poeira dentro dos olhos, os gemidos, as notas que te ensurdecem os sentidos. Sê maior que a sombra...

Gothicum said...

"Isto é o que é aprender: você repentinamente compreende algo que você soube durante toda a sua vida, mas de um modo novo."
(Doris Lessing)


ai essa poeira...abraços

bat_thrash said...

Andei meio sumida da blogosfera, só dei-me conta quando deparei-me com todos estes posts que eunão havia lido.
Saudades!

MagnetikMoon said...

O som reproduz-se no estalido da imagem dos vitrais, no olhar vivo da terra que morde o subsolo.

Magnetikiss;)

DarkViolet said...

Elisabete S.:

O Amor é um sentimento em plena evolução, e essas faltas que existem também faz parte da mesma melodia.
Ancora sombreada no fundo do mar a soluçar no inferno do badalar da Alma


Gothicum:

Se a poeira fosse nevoeiro...


bat_trash:

Está tudo a evoluir mesmo parado


MagnetikMoon:

E vai mordendo cada vez mais fundo até o som ser um suspiro da Alma