A adega das chávenas olha o corredor das tábuas estaladiças. Sente-se no meio do orvalho o sentido tremido do licor, saliente na lareira do piano pingos de tempestade andam soltos, num destino com a misericórdia das asas flutuantes. Sem pestanejar o vento soletra a cegueira nas janelas dos livros, quadrados envidraçados de vitrais, véus em mantos roxos a levitar nas células. Embriagado o odor esperneia na madeira, enquanto o néctar tem sabor das ampulhetas dos demónios.
6 comments:
O vinho a bebida sublime , muito bom ter dedicado esse post a bebida que foi companheira de grandes como Baudelaire, Beethoven e Thomas Edson, sem duvida demoniaco ou angelical, sempre a nos tentar com seu sabor.
Blog Man in the Box
... o texto aromatizado no mosto das tuas palavras!
A fotografia que o acompanha é perfeita! Adoro as suas tonalidades de castanhos! Da janela vem a luz...
Uma noite bela como as que aprecias. A lua vai-se adentrando no silêncio cálido.
Pelo olhar 'inquietado' :)
sensibilizada!
Com certeza, o deus Baco e suas bacantes aprovariam esse embriagodor néctar...
Quanto ao texto e a imagem são magníficas!!!
Vinhaça, é sempre! ;)
Abraço!
P. S. Vê se voltas a publicar no blogue da Nova Águia; a «guerra» acabou.
As madeiras têm um peculiar senso de aderência a licores e fragrâncias quentes!:)
Mganetik*
♠J. کchmid♠:
Tem no seu âmago gemidos fazendo as ampulhetas emebedarem-se em véus de notas, em badaladas "cegas" para atingir tempestades
Miosotis:
O castanho tem veias escondidas; quando a luz toca mistura o licor no sabor flutuante do sopro. é bom alucinar o cálice na mistura Lunar, a dega do tempo
VANUZA PANTALEÃO:
Obrigada. são trilhos de vitrais comas loucuras adjacentes ao pestenejar do vento
Klatuu o embuçado:
Não te embebedes por causas nao Nobres:)
Não gosto do formato da revista
MagnetikMoon:
As madeiras sabem ter a paciência de estar perto de néctares puros. Os néctares possuem células qu espalham o vento
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