Tuesday, September 08, 2009

Oxigénio para o Génio

Pegar fogo na fotografia do desconhecido, pendurar as cinzas no orvalho da manhã incógnita. Enquanto se ouve o repouso dos pássaros no horizonte o mergulho da aurora canta melodias, reunindo cada pétala do orvalho soletrado. Parece o ciclo dos fogos:

Oxigénio para o génio
Destilação para a oração

Oxigénio para o génio
Destilação para a oração

Oxigénio para o génio
Destilação para a oração

9 comments:

Mr. Lynch said...

DarkViolet;
Oxigénio para o génio como para o fogo.
Palvras belas, como sempre e preenchidas com imagens (na imaginação de cada leitor).

Oliver Pickwick said...

E ainda dizem que o oxigênio é um gás incolor, inodoro e insípido. Nem todos utilizam-se do olho que tudo vê.
Um abraço!

Fatima said...

Boa surpresa,uma renovação do prazer de ler este texto teu.

Beijo
fatima

Cöllybry said...

Sem oxigénio que seria...Gostei deste poetar...

Beijo

OlharIndiscreto...A curiosidade

Frankie said...

Eheheh, ora aqui está uma mantra no mínimo... inusitado ;)

Beijo*

Davi Machado said...

que postagem!
a modernidade na tua arte soa como um instrumento medieval, aqui tocado por livres dedos nervosos, mas suaves como um tapa de vento!
és um perfeito criador de sublimes imagens poéticas!

MagnetikMoon said...

Alimenta a frase na composição inquietante do crepúsculo matinal, enquanto te embebedas com o perfume demoníaco desse terno embalar.

Magnetik*

DarkViolet said...

Mr. Lynch:

Cada leitor é livre de navegar por onde escolher, até mesmo dentro do orvalho invisívil. O fogo perfuma o génio na sua oração permanente


Oliver Pickwick:

É preciso ter alguns sentidos para captar sensações de melodias não visiveis. A pétala fragmentada do além


Um Olhar:

Existe surpresa na oração do destilar


Cöllybry:

Sem oxigénio existe sempre um véu para criar o orvalhar, pintado de outra forma

DarkViolet said...

Frankie:

Está a tela sempre desenhada com perfis desconhecidos num ciclo onde o génio precisa de oxigénio para destilar orações


Davi Machado:

A imagem criada pelo leitor é que faz escorrer novas sensações nos galhos espalhados ao destino. Os nervos sentem-se nas notas das letras, sulcados pela oração


MagnetikMoon:

O terno embalar dos génios e a loucura do continuo mergulhar a ampulheta no vazio palpitar. O perfume dos passaros é que fazem os voos alucinantes para quem deseja semear