1. Tinha dito e escrito o que haveria para ser dito. Estendido está dito.
2. A atracção é o vazio da ausência.
3. Descer no interior incerto, descair no exterior certo.
4. A insanidade despida é uma melancolia.
5. Atalhar no labirinto, dilacerar o cordel do infinito.
6. A respiração tem o rumo do destino.
7. Os escravos devoram os pormenores.
8. Quem nunca procura, raramente encontra a vontade.
9. Esquece o esquecimento.
10. O sofrimento está nu enquanto o mergulho for profundo.
11. Vislumbrar a solidão como a morte adiada.
12. Acariciar o enigma do silêncio é o terror dos poços.
13. Ao sentir um salpico, a Alma estremece e fica despida.
14. O fogo é a maldição dos esquecidos.
15. Ciclo do ponteiro, ruído infernal da surdez.
16. Quando a timidez geme, recantos das silhuetas são a fuga do orvalho.
17. Explicar a omissão é algo perfurado pelo inexplicado.
18. Questionar o vazio tem o sentido de questionar o todo.
19. A lógica sustém o inatingível do olhar.
20. Construir a dor no castelo das vertigens é a muralha de um Louco.
21. Num ribeiro a cegonha é o palco esverdeado.
22. Se tiveres a abranger as masmorras, dilacera o corpo, e deixa a Alma no estado de sofreguidão.
23. Quando os segundos de articulação alucinam a excitação, troca de gatilho.
2. A atracção é o vazio da ausência.
3. Descer no interior incerto, descair no exterior certo.
4. A insanidade despida é uma melancolia.
5. Atalhar no labirinto, dilacerar o cordel do infinito.
6. A respiração tem o rumo do destino.
7. Os escravos devoram os pormenores.
8. Quem nunca procura, raramente encontra a vontade.
9. Esquece o esquecimento.
10. O sofrimento está nu enquanto o mergulho for profundo.
11. Vislumbrar a solidão como a morte adiada.
12. Acariciar o enigma do silêncio é o terror dos poços.
13. Ao sentir um salpico, a Alma estremece e fica despida.
14. O fogo é a maldição dos esquecidos.
15. Ciclo do ponteiro, ruído infernal da surdez.
16. Quando a timidez geme, recantos das silhuetas são a fuga do orvalho.
17. Explicar a omissão é algo perfurado pelo inexplicado.
18. Questionar o vazio tem o sentido de questionar o todo.
19. A lógica sustém o inatingível do olhar.
20. Construir a dor no castelo das vertigens é a muralha de um Louco.
21. Num ribeiro a cegonha é o palco esverdeado.
22. Se tiveres a abranger as masmorras, dilacera o corpo, e deixa a Alma no estado de sofreguidão.
23. Quando os segundos de articulação alucinam a excitação, troca de gatilho.
10 comments:
Gostei particularmente do ponto 8. Excelente! Como sempre!
Bjo
Fatima
Tens aqui algumas pérolas dignas de nota, sim senhor. Sempre tiveste uma mestria rara para brincar com as palavras...
"Questionar o vazio tem o sentido de questionar o todo."
Sem dúvida a mais filosófica!...
Mas todas de uma profundidade só tua.
Kisss...
Gostei de todas as frases... a 7, a 13 e a 18 são talvez as que mais gostei. Uma 'simples' frase consegue dizer tanta coisa...
Por sermos escravos, prestamos mais atenção aos pormenores... ou será o contrário? Por prestarmos mais atenção aos pormenores, somos escravos... E há ainda os significados que 'escravos' ou 'pormenores' podem ter...
:)
bastante enigmático...
"O sofrimento está nu enquanto o mergulho for profundo." - quão bem resumido está este movimento...
mergulhemos, então!
"14- O fogo é a maldição dos esquecidos."
Eles o merecem! Ah, se merecem...
É isso, Darkviolet!
Um beijo!!!
se me permites...
24. Todas as palavras são a loucura dos Poetas, não fossem elas o próprio sangue que corre nas veias.
Obrigada, por tão belas reflexões...
Um Olhar:
Tb é uma das minhas preferidas. A vontade por ela só, pouco vale. Obrigada
Frankie:
As palavras sabem o que fazem. Tudo ganha vida, basta não estar enjauladas
witch:
Por vezes é possível distinguir o perfume da escrita duma pessoa. Tudo está num uno e algumas palavras assemlam-se apesar de estarem no dicionário como opostas
Ana Sofia Alves:
Não é preciso fazer grandes contos para expressar um fragmento.
Há escravos e não escravos para todos os gostos, mas quem vive na sobrevivência alimenta-se mais dos pormenores. Tudo tem multiplos significados, basta deixar ir a imaginação
Jaime Piedade Valente:
Não serão as vertigens um enigma suficiente?
Daisy Libório:
O mergulho tem o movimento da nudez, o despregar do ritmo normal do quotidiano
VANUZA PANTALEÃO:
Os esquecidos consomem o fogo do seu interior para libertar o Ser para a intimidade dos infernos
Lúcia Machado:
:)
Todas as veias a unirem-se no próprio Ser, galhos que se fundem
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