Há tantas mulheres nestas ruas despidas que o caos veste a miragem das folhas. Gosto dos galhos a serpentear a nudez dos corpos femininos, o vento a entrelaçar danças que os olhos rebolam. Os dedos são desconhecidos nos mapas das imagens, mandamentos da sensualidade a perfumar as ruelas do destino. A coroa das velas são as veias dos seios, fé interna da mulher a esculpir enigmas incompreendidos pelo racional. Se no fluxo a parte entranhada das alucinações geme, o gesto testemunha o tecido rendilhado da delicadeza. Perfis de rostos a moldar cabelos, virgens toques dos lábios nublados de vontades. Voam beijos ao vento, ao palpitar de dourados, prateados ou bronzeados instintos. Despe-se o calçar das pernas no orvalho das madrugadas.
5 comments:
Bela homenagem à mulher... Gostei da postagem.
Bjo
Fatima
Hum! Estás ficando muito poético em relação à(s) mulher(es)! Lindo!
Muito sensual :)
enigmáticas mas belas...
abraço
"...ao palpitar de dourados, prateados ou dourados instintos..."
Assim é a mulher, tu a captaste no seu colorido, caro poeta.
Beijos, DARKVIOLET!!!
[Borges tem muito a ver com o teu universo, aproxima-te dele.]
Olhar Meu:
Sim acaba por ser uma homenagem, pintada com soluços
Miosotis:
Se elas voam, é preciso descrever esse voo.
Se elas pintam, é preciso esboçar uma nervura.
Obrigada. a sensualidade anda sempre acompanhada nas palavras
Gothicum:
São Seres enigmáticos quando as ruelas têm perfume nos galhos. Há mulheres e mulheres...
VANUZA PANTALEÃO:
Captei um rabisco. Se capto muita coisa ainda vou enlouquecer ehehehhe
Tentarei ler
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