Pinto ao fundo as montanhas de neve, nas minhas costas é o recolho das brasas. As casas penetram o céu nas escarpas da encosta, sendo uma donzela a tecer a silhueta num pincel. Estão juntas a roçarem os sentimentos esventrados. Pele nua em tecidos banhados. A serpente moldada toca os brincos coloridos, solta os sinos para uivar para a eternidade dos sons. Os fios de cabelo deslizam como doces pedras no dorso da água, regando o meu seio, deixando o perfume das folhas nos Altares. Quando se escuta o sussurro dos murmúrios o coração bate e resvala para o tricotar da dança privada da natureza, um bater estremecido na delicadeza retardada de enlaçar o fragmento perdido, a pérola de entranhar.
SAORGE
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