Na neblina da noite
Cai o orvalho de chuva,
Peugadas frescas de conchas
A riscar arrepios na areia...
Os silenciosos ramos
Profanam a mansão;
Onde tocam flautas de sinos,
Onde os espantalhos adormecem.
Descai o Verão debruçado
Sobre o telhado de palmeiras,
No ninho da cegonha
Que voa alto, a brincar num bailado...
6 comments:
As cegonhas voam sempre demasiado alto, mas é pena que nos seus bicos já "não venham crianças".
Gostei deste poema, talvez por esse mesmo "riscar arrepios na areia". Intactos, de todas as formas, os ramos que profanam a mansão nos seus silêncios.
abraço
Gostei deste poema.Gostei principalmente dos versos: "A riscar arrepios na areia..." e "Que voa alto, a brincar num bailado...".
Parece que o dia de ontem te fez bem. Este poema não está retorcido como os outros e, dá-me a impressão que recordaste coisas boas.deve ter sido a paisagem...
beijo
.Talvez venham poeiras de chuva. Sentir a essência.
.Há coisas que voltam sempre à memória,principalmente quando se passa perto de sítios que me diz muito.
Gostei de ver que a curiosidade aguçou apetites...Já é alguma coisa!
Algo neste poema me confunde, misturaste a noite com o dia! Duas situações em sítios diferentes? As cegonhas não voam á noite.....
Provoquei algumas reacções com os meus comentários, não sei se as entendes como positivas.Permites-me que continue com o circo?De certa forma pode ser estimulante para o blog, apesar de saber que nao concordas muito com as minhas técnicas...
Deixa-te de padrões normais.Tudo voa sem sentido,é assim que é comigo. Onde está tenda do circo? Só vejo a neblina...
Não tinha reparado no titulo...
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