Thursday, August 31, 2006

Navegar

Navego nas paredes do esquecimento,
Em laços mudos
Na vitrina do sótão...
Escapa-me a lua num funil,
Tão fino de fumo que borbulho
Na solidão da beleza...

Dou gritos...ninguém me ouve...
Dou suspiros...ninguém os abraça...

Ouço unicamente a partitura
Do meu ser...
São sons fortes de trovões
Que rasgam os seres que me querem sentir...

E os que não me tocam, sentem?...

11 comments:

susana said...

Não ouço a partitura do meu ser, perdeu-se no limbo e por lá vagueia errante.Fico pelo crepúsculo,em que se choca a noite e o dia.Fujo da noite obscura que
nao me quer deixar partir, fujo do brilho intenso do sol, com medo de me iludir.Eremita despojada serei, até nascer de novo e de novo poder partir.Contemplemos apenas o rio...

DarkViolet said...

E eu um dia partirei para um rio que só eu conheço, na montanha. É assim que meu ser se encontrará com ele próprio

susana said...

Estou a aprender a ler-te, ou será que hoje por algum motivo especial, o meu pensamento está mais claro. Voltei cá e ao reler-te , abrangi o sentido completo de tudo o que querias dizer.Pareceu-me tão obvio que ate me surprendeu.
Vejamos se tenho razão.
Andas perdido em recordações, saudades,fechas-te em ti próprio, fechas-te para o mundo.Sentes que ninguém consegue chegar até ti, sentir a dimensão do que te vai na alma, a tua ira e a tua dor acaba por afastar quem te quer tocar.
Só uma coisa tu não sabes, se aqueles que apenas te observam, te sentirão verdadeiramente.
Disseste: eu nao te deixo entrar em mim!
Será que já não entrei?

DarkViolet said...

Não considero que seja dor...

timtinha said...

eu sinto.
beijos
timtinha

Anonymous said...

Olá amigo,

Tudo bem contigo? Passei para te deixar um abraço e te fazer um convite: LigaRecord, equipa "Pacot54". Vamos formar uma liga, porque o campeonato vocês não têm hipóteses :-P

Fica bem, abraço

Anonymous said...

Lobo...*

Numa noite de luar, cruzamo.nos como por destino...tinhamos de nos "re"encontrar, um vulto na noite sussura.nos..."sim..sois vós", reconheço a tua alma numa noite fria..num qualquer lugar quente, onde as palavras fluiam do nosso ser...sem destino certo, nem propósito concreto...fluiam...simplesmente. E as almas "re"conheciam.se, sem consciência, vagueavam as palavras na nossa "douta ignorância". Num "assalto" à Ajuda...o vaguear de duas almas nos Prazeres, onde as lápides nos sorriam ao ver.nos passar...no calor do sol nos tocamos...na brisa do vento voamos...
[Não resisti ao teu mail, conheces.me sabes que não comento blogs, mas para que fiques com a alma mais feliz...e atenção ao "mais". O comentário já vai longo.Adorei ler.te como sempre...] Beijo.te e sorrio...*
Loba*

Lord of Erewhon said...

Belo poema!
P. S. Dark Violet... violentas sejam, as veste do vento são belas!
Abraço.

Lord of Erewhon said...

(JAJAJAJAJAJAJAJAJA!!! - não ligues foi só um parentesis... tenho o vício de ler as caixas de comments...)

DarkViolet said...

.Uma questão de remos, talvez...


.Nem sei se este ano participo...nem sei se há..para quem participou em todas as ediçoes era mau perder uma LOL. Eu sei que o SLB nao tem hipotese :P

.Loba que uiva nas planícies de gemidos...és tu...O sussuro do desassossego


.Caminhar consoante a obra que cada essência tem que realizar. Gemer, tombar, revoltar e ver a montanhha da liberdade..Voar nos céus com asas sem destino, ou com o destino do cume...

.Tem cara de Duende...

DarkViolet said...

A partir de que momento se sente? É preciso haver essa fronteira?...Enfim