Acolheram no seio a palavra, a comédia dos sons propagou-se no ar e, entretanto no meio da balbúrdia das folhas que se espalham, existe no berço da árvore a forma duma cadeira que as raízes esboçam. Cravado no tempo as cicatrizes da casca enrugam-se, enroscam-se, as letras tornam-se impotentes e no vento que ondula em torno do tronco que penetra os sentidos, as linhas, a água, tudo escorre para o charco. O pêndulo da pintura abstracta não provoca milagres no meu sorriso. “ Como é possível haver caos no vazio?”. Embalo a ribeira dos sonhos com o olhar, deixando amadurecer a pele das pernas dentro da água estagnada. Repouso nestes segundos do dia, em que o Outono canta melodias, em que as arvores deixam cair suas folhas, em que o meu corpo se deixa aninhar ao sabor da água.
4 comments:
Obrigado por de vez em quando ofereceres as tuas palavras no meu cantinho. :)
Um sentir outonal nt próprio, mas bastante belo!
O 'Borboletário' fica aqui:
http://www.borboletasatravesdotempo.com/
Entras e vais até 'Lagartagis'! Uma deliciosa maravilha!
Abriu em 11 Novembro 2006 e está patente ao público no Jardim Botânico de Lisboa
Se morasse em Lisboa, já lá teria ido :(
Boa visita!
Está muito bonito e triste!Neste não te perdeste!
Encontrei um poema que te vou deixar aqui...
Eu sempre estendi as mãos para as borboletas....
Abria os braços para o passado saudoso
para o futuro sonhado
mas nunca tocaram em mim!
Hoje fiquei imóvel e uma pousou-me no pé!
"Fábio Rocha"
Espero que percebas a minha intenção...:)))) beijos
Ri::
oferecer palavras:D
Miosotis::
Obrigado por me dares a possibilidade de saber o local exacto.
missixty2000::
Qaundo pousa acaba-se por contemplar a borboleta,sem saber o que fazer ou admirar a sua beleza. Mas elas voam...
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