O último sobrevivente ancorou nas trevas. Trazia uma galho seco numa das mãos, e na outra o vazio das tentações. Multidões de teias moldavam o corpo, transparente como orvalho, profundas como trepadeiras. Caminhou durante segundos infinitos a rasgar ocas árvores, a vergar uma luz inquietante que suspirava num gemido refrescante. Pousou os cabelos nas fragas e cruzou o labirinto...
5 comments:
Não há como fugir à treva...
É nossa.
Resta-nos aprender a caminhar nela...
"Trazia uma galho seco numa das mãos, e na outra o vazio das tentações."
Gostei... ;)
Abraço.
Quantos de nós, os últimos sobreviventes...
Tema tranquilamente belo, como deve ser um Requiem.
Ariel d'Angouleme:
Caminhar sobre fogo, dentro do próprio fogo...
Miosotis:
Aqueles que marcham na busca do insciável.
E tem uma letra que considero muito boa.
Um corpo que se estende num labirinto, um coração que se queima lentamente.
Twlwyth:
Labirinto vasto de emoções que o tranparente olhar queima
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