Monday, April 06, 2009

Coimbra VII

Cavalgar os carris, enroscar o desamparado apito. O insensato momento abandonado, cadastrado na miniatura do apocalipse, desesperada sala aberta da natureza, corpo dormente encaminhado pela proporcional vertigem. A esperança olvida-se da ingenuidade, a sombra escorre risos de loucura no capa do respeito. Espelho de azulejos germina nos lagos, retalhos encontrados aos soluços do intempestivo inferno, da incoerente ambígua poética. Desagua o murmurar nos cabelos afiados, nos olhos reluzentes.
A mulher relembra o esquecimento da flor, o rio da encosta, cachecol de flor… Trago o abraço.

3 comments:

MagnetikMoon said...

Em cima das lápides horizontais de mosaicos o vértice alinha-se.

Magnetikiss;)

Gothicum said...

...que saudades eu tenho das horas que passava e cima de carris...caminhos sem fim...quantos sonos dormi sonhando com algumas coisas que hoje em dia tenho...bom post (já agora um comentário, estava a achar estranho não colocares nada no blog...no meu pc fixo reparei, ainda hoje, que o teu último trabalho tinha sido o de Antonin Artaud...devo de ter um erro no pc, já que no portátil aparece vários depois) abraços

DarkViolet said...

MagnetikMoon:

Cores fumegantes com escadarias de reflexos. remoinho a juntar fragrâncias


Gothicum:

O cachecol sao os carris voadores, abrem cortinas ao murmúrio da corrente misturada com a loucura da embriaguez.
P.S: foi somente montes de posts duma só vez em datas diferentes;)