Monday, May 04, 2009

Atmosfera Nublada

Idolatrar o nome “desconhecido” provoca no Ser o embaraço do contágio. Daquele abraço que toca o enigma, inferno temperado em pedaços de licor, escorregar no remoinho é o permanente olhar. Existe o isolado trilho, corredor de chamas metafóricas, tudo misturado num apocalíptico jardim de espelhos flagelados de carícias. Quando o jazigo geme, o Ser treme de frescura, imóvel levitar das sensações.

6 comments:

Pearl said...

Até o corpo mais frio se emociona, se estilhaça em pedaços, mesmo perante o desconhecido...

beijo

Gothicum said...

"Tudo quanto nós próprios descobrimos ou voltamos a descobrir são verdades vivas; a tradição convida-nos a aceitar somente os cadáveres da verdade. "
(André Gide)


...há coisas que valem a pena ser descobertas...outras nem por isso!
abraços.
A tua escrita é sempre uma boa descoberta.

bat_thrash said...

A mente apavora-se com que ainda é novo.

Beijos.

αgηєѕ ωιηχ said...

o desconhecido... ahhh como é envolvente o não saber...

Bjooss

MagnetikMoon said...

"O jazigo geme"
estremece, solta-se a cinza
dos candeeiros, rebola
a luminescência crepuscular
para as ondas ritmadas
do abraço dos fantasmas...

Magnetikiss;)

DarkViolet said...

Pearl:

O desconhecido treme menos que o conhecido, e os estilhaços tem sensações obscuras, é o frio, o ardor


Gothicum:

por isso mais vale as vezes comer cerejas ao fim da tarde e sentir a frescura da noite. O brigado pelo elogio


bat_trash:

quando se mentaliza do velho também se pode apavorar


┼ψ αgηєѕ ωιηχ †† εїз "´¯`·­»ټ
:

Viver no não saber, nao é viver, é simplesmente reter a respiração



MagnetikMoon:

Os fantasmas acolhem cada remoinhos, seja ele no jazigo, no contágio, ou no imóvel levitar. Na bruma chove a Lua