Thursday, October 22, 2009

Abismos de Sons

Baú cheio de frascos

Tsimmmmmmm (Prolongado)

As pétalas no orvalho das serenatas,
A vastidão rouca grita no caos

Pim (Profundo)

Ensurdecedoras grades da liberdade
Dentro dos refugiados,
Inalcançável Poder da criação

Pim Pim Pim (Gota sonora)

O abismo emocionalmente perdido
Nos toques do infinito
Serpenteia a captação selvagem da lava

Slim Raspim Slim
Tlim Tlim Tlim (Sino uivante)

Fluxo de sinos a pingar o terror das Almas
Sons uivantes a ruminar relâmpagos

Chaplim Chaplim Chaplim (Toque no charco)

3 comments:

GS said...

... apesar de sombrio e triste, pelo tempo que se avizinha, este poema sonoro impressionou-me...

Já tinha saudades tuas, de te ler em mim...

Sensibilizada!

... 'os figos dão música à esperança'? - logo um dos raros frutos que não aprecio...

Oliver Pickwick said...

Nietzsche dizia que "quem ama o abismo, necessita de asas". O velho filósofo enganou-se, pelo menos no que se refere a abismos como este.
Um abraço!

DarkViolet said...

Fragmentos Culturais:

Há multiplas sensações a captar no escoderijo da vida, basta deixar as sonoridades abrirem-se aos sentidos.

Então a esperança nao habita o teu regaço,será?


Oliver Pickwick:

Neste caso as sensações sonoras é o abismo. As asas devem servir para fugir, mas quando se está na casa das assombrações não se necessita voar, será?:)