A coroa da morte geme em remoinhos mas o violino é incansável, nele se funde pergaminhos de fogo e se faz a moldura de cinzas que se espalham em filamentos prateados, sentir Lunar. O corredor de labirintos perfura o Ser do fundo para as profundezas, com a intensidade do infinito.
Wednesday, June 23, 2010
Crónicas duma viagem V
A coroa da morte geme em remoinhos mas o violino é incansável, nele se funde pergaminhos de fogo e se faz a moldura de cinzas que se espalham em filamentos prateados, sentir Lunar. O corredor de labirintos perfura o Ser do fundo para as profundezas, com a intensidade do infinito.
Sunday, June 20, 2010
Crónicas duma viagem IV
Se um violino se deixasse embalar neste ninho, as cordas iam-se soltar e o som a rebolar ecoaria nas profundezas das navalhas, corte tão profundo que da invisibilidade brotaria sangue das cavernas para o cálice.
Sainte-Chapelle - Paris
Thursday, June 17, 2010
Crónicas duma viagem III
Rio Sena - Paris
Resta esperar o silêncio acolhedor da noite enquanto os fantasmas se desfazem em transparências e se encaminham para o leito do seu devaneio. A escuridão encaminha o cego para o Altar por entre labirintos que se tornam difíceis de desmembrar ao olhar, enquanto as correntes embriagadas se juntam no fogo das encruzilhadas, a catapultar os filamentos, a elaborar sopros e mais sopros vindos do cálice.
Nos ardores despidos consegue-se interiorizar a nudez e Ela está sempre presente para construir o espaço mágico. Ela destila fragmentos de gemidos para ocupar o seu trono, na majestosa Catedral. Gárgulas a cavalgar, vestir a profundeza de florestas embalsamadas no manto da cerimónia.
Nos ardores despidos consegue-se interiorizar a nudez e Ela está sempre presente para construir o espaço mágico. Ela destila fragmentos de gemidos para ocupar o seu trono, na majestosa Catedral. Gárgulas a cavalgar, vestir a profundeza de florestas embalsamadas no manto da cerimónia.
Monday, June 14, 2010
Crónicas duma viagem II
Os locais acolhedores ao Ser sabem acarinhar os vagabundos dos sentidos. Moldam-se à estátua da transparência e daí as esculturas dos patamares são a fluidez dos corvos. As maravilhas das chamas descontroladas ecoam em subtilezas circunscritas, caminhos profundos de sobreposição das camadas do destino. Sabe-se que cada pé em movimento constrói as asas do Ser. Resta saborear a intimidade...
Cemitério de Montmartre - Paris
Friday, June 11, 2010
Crónicas duma viagem I
A noite está pousada na escuridão, nos campos verdes abertos às cegonhas enquanto o ardor das estradas queima a solidão com o seu calor e faz o tempo um altar de segmentos pintados à loucura. A lenha insana no trilho das paredes saboreia as lápides que separam caminhos no meio do monte. Pirilampos no fundo do horizonte tecem a tela pela noite dentro. As estradas fogem sem curvas no olhar, traçados na vastidão dum traço infinito. São árvores de pombos que não podem ser destroçados pelo vento.
As tabuletas do destino têm tudo definido. Nelas existem baús com os segredos guardados formando luzes de labirintos. Quanto mais explorados estes trilhos mais a vontade se espelha na Alma do Ser. A prioridade despida faz parte do esboço, como a escadaria penetra a torre e no seu manto eleva-se a viagem, tons inflamados do pó prateado.
As tabuletas do destino têm tudo definido. Nelas existem baús com os segredos guardados formando luzes de labirintos. Quanto mais explorados estes trilhos mais a vontade se espelha na Alma do Ser. A prioridade despida faz parte do esboço, como a escadaria penetra a torre e no seu manto eleva-se a viagem, tons inflamados do pó prateado.
Versailles
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