Friday, June 11, 2010

Crónicas duma viagem I

A noite está pousada na escuridão, nos campos verdes abertos às cegonhas enquanto o ardor das estradas queima a solidão com o seu calor e faz o tempo um altar de segmentos pintados à loucura. A lenha insana no trilho das paredes saboreia as lápides que separam caminhos no meio do monte. Pirilampos no fundo do horizonte tecem a tela pela noite dentro. As estradas fogem sem curvas no olhar, traçados na vastidão dum traço infinito. São árvores de pombos que não podem ser destroçados pelo vento.
As tabuletas do destino têm tudo definido. Nelas existem baús com os segredos guardados formando luzes de labirintos. Quanto mais explorados estes trilhos mais a vontade se espelha na Alma do Ser. A prioridade despida faz parte do esboço, como a escadaria penetra a torre e no seu manto eleva-se a viagem, tons inflamados do pó prateado.

Versailles

2 comments:

Vanuza Pantaleão said...

Olá! Aqui é o Guilherme, filho da Vanuza. Seu post tem um estilo muito inteligente. Minha mãe está de férias e voltará no final do mês. Muito obrigado e um grande abraço!

DarkViolet said...

VANUZA PANTALEÃO:

Estilo inteligente? hummmm:)