Cantos de piranhas a morderem meu calcanhar
Meu dorso contorcido
O ventre esmagado na poeira
Sobe dentro da areia o escorrega do tempo
Cada parte do solo polida pelos lírios
O ventre, o dorso, o calcanhar, os pés....
Moinho de asas escorridas...
São tempestades de fogo, calcadas...
Misturas de saudades, entristecidas nos véus...
Miragens de alucinações, nos pés...
São brumas enfeitadas, são pés nus...
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1 comment:
Pés... Descalços... Nus...
Equilíbrio de um corpo suspenso... tenso...
Raízes da alma plantada num cálice florido de sonhos...
Marcas que pisam o desenho de um caminho batido... pegadas luminosas em contornos de carvão...
Pés... Descalços... Nus... Gelados...
Sinto falta...
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