Viram ossadas dentro do caixão, armadura de prata coberta de pétalas orvalhadas. O reflexo benzia a madeira estalada, vento escondido da poeira, idade sem pulso. Chega o instante obscuro a pernoitar nas planícies, o tactear dos ferros doces da masmorra. O laço feito de ossos enrosca-se ao perfume do andamento helicoidal. Um batimento, um ciclone de vapores...
Friday, August 31, 2007
Thursday, August 30, 2007
Poção Noctívaga
Estrondos ecos, mordomias de translações...
Sombras vastas, corredor de rio...
Abre-se a Alma, deslizar eloquente...
Arrebentar encharcadas mãos, dobradas ao tilintar, sedosas...
Traspassar o momento invisível
Ao tropeçar das palavras...renda dedilhada....
A escuridão das colunas,
Remem no dorso das costas,
Flutuam na encosta,
Afundam-se num olhar prateado...
Poção noctívaga...
Sombras vastas, corredor de rio...
Abre-se a Alma, deslizar eloquente...
Arrebentar encharcadas mãos, dobradas ao tilintar, sedosas...
Traspassar o momento invisível
Ao tropeçar das palavras...renda dedilhada....
A escuridão das colunas,
Remem no dorso das costas,
Flutuam na encosta,
Afundam-se num olhar prateado...
Poção noctívaga...
Tuesday, August 28, 2007
Orvalho de Lua
Saturday, August 25, 2007
Arbustos Nublados
Thursday, August 23, 2007
Parabéns Susana
A manhã acorda serena num olhar desperto. Azulejo cosido no tear regalado das ondas, o tempo esvanece... Cada rabisco leva as flores perfumarem as telas dos dias, cada asa salpicada faz-te voar nos traços da vontade. Orientação desorientada, do oriente para o ocidente, cruzadas traçadas, lutas despidas, vestidas. O sabor da maresia prova o teu caminhar do longo prolongamento do brilho das estrelas. Rejubilam os sinos...
Monday, August 20, 2007
Já..
Ligação...1...2...3...
Contacto...4....
Interferência...5...6...7...
...
Corta...Corta...Corta...
....
Naufrágio à vista...8...
Trim...Trim...Trim...9....
....
Assalto...Alto!...
Em frente...Flecha....10...
...
Corta...Corta...Corta...
...
Pinga o suor...Arde...Vira-te....
Já!...Agora...Já!...
11...11...11...11...11...11...11...11...11..
Contacto...4....
Interferência...5...6...7...
...
Corta...Corta...Corta...
....
Naufrágio à vista...8...
Trim...Trim...Trim...9....
....
Assalto...Alto!...
Em frente...Flecha....10...
...
Corta...Corta...Corta...
...
Pinga o suor...Arde...Vira-te....
Já!...Agora...Já!...
11...11...11...11...11...11...11...11...11..
Thursday, August 16, 2007
Monday, August 13, 2007
Labirinto
O último sobrevivente ancorou nas trevas. Trazia uma galho seco numa das mãos, e na outra o vazio das tentações. Multidões de teias moldavam o corpo, transparente como orvalho, profundas como trepadeiras. Caminhou durante segundos infinitos a rasgar ocas árvores, a vergar uma luz inquietante que suspirava num gemido refrescante. Pousou os cabelos nas fragas e cruzou o labirinto...
Thursday, August 09, 2007
Wednesday, August 08, 2007
Chuva Tremida
Arrebatam o fogo aos céus na busca das insaciáveis fogueiras. Colocadas nas sepulturas as cinzas deitadas ao vento espreitam casas assombradas, penetram como chuva tremida, rasgam trovões ao salto do tempo escondido.
Monday, August 06, 2007
Parabéns Twlwyth
As velas pousadas num círculo misturam odores de suavidade. Cada cera derretida congela em tons prateados, a cantarolar a melodia dos violinos. As cordas frenéticas sobem de tom, ao vento do queimar dos troncos, lançando chamas no nevoeiro madrugador. Sinos rejubilam com o estilhaçar de mais um ano, enquanto a profanação do tempo brinca aos dados. Os feitiços propagam-se dentro da tua magia.
Thursday, August 02, 2007
Charco Nu
Estou no vale, resguardado do sol,
Onde abro poços na vastidão do arvoredo...
A profundidade esconde-se de mim,
E eu sigo a sombra do galho...
Partido, perdido...
Deixo cair a corrente de pedras...
Convergem ensaios de sons
Num êxtase pintado a nu...
Risco o chão, rio no charco da ribeira...
O fumo ausenta-se, sentindo o quebrar do leito...
Estendo as letras do poema contínuo...
Divago nas esferas das gotas...
Onde abro poços na vastidão do arvoredo...
A profundidade esconde-se de mim,
E eu sigo a sombra do galho...
Partido, perdido...
Deixo cair a corrente de pedras...
Convergem ensaios de sons
Num êxtase pintado a nu...
Risco o chão, rio no charco da ribeira...
O fumo ausenta-se, sentindo o quebrar do leito...
Estendo as letras do poema contínuo...
Divago nas esferas das gotas...
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