Monday, October 08, 2007

Galhos

Vestem-se segundo o sabor dos gestos
Os Galhos;
Labirinto de encruzilhadas, de portas.
As ventanias secretas misturam
Os Galhos;
Gemidos de carícias estalam os rios
Os Galhos;
Mistérios das nuvens, rosto entristecido,
Os Galhos;
Arrepiam cambalhotas de desejos
A desfrutar a leveza das guilhotinas...
Cortes do cru aberto, nus,
Os Galhos;
Recordar a lembrança, a loucura de trepar,
O chuvisco ao orvalhar
Sinfonias de trevas adormecidas,
Os Galhos;
Deter um movimento puro
A sepultar a terra ferida.
Os Galhos;
Anel de pétalas a cantarolar a suavidade
Os Galhos.

O frenesim arrebenta ao despido olhar.

2 comments:

susana said...

Estranho este poema, mas bonito.
Não gosto de galhos, são despidos, cortam passagens, estragem fotografias...mas sem galhos não há folhas e sem folhas não há flores....

DarkViolet said...

missixty:

É tudo estranho quando brinco com as palavras. Então sao precisos os galhos;)