A negra viúva reabre a cerimónia. Cegos amantes do desejo cortejam a ilusão das espalhadas videiras, linhas descarriladas de chaminés clamam a memória, enquanto os aborrecimentos dos surdos germinam. Deslocamentos subtis, arcos esboçados no vento, corredores de aragem fresca, ouvidos a pronunciar a vastidão do veneno. Desmoronadas as ruínas são os veludos embalsamados na metáfora, flechas temperadas de lábios a sugar flutuações de relíquias.
5 comments:
O pesar da morte no desalento da vida. Que duro fardo, o de uma viúva que no seu íntimo derrama silenciosas lagrimas de solidão de um seu amor perdido!
"As ilusões perdidas são verdades encontradas."
Multatuli
...às vezes não é necessário existir uma morte física para se ficar viúvo…ultimamente, tenho ficado um pouco viúvo de alguns “amigos”…enfim é a vida. Abraços
Peculi:
As ruínas conseguem ser a fonte, onde a intinidade da solidão atira flechas ao vento, perguntando pelo deslocamento
Gothicum:
É necessário brotar fontes nos labios sinceros dos rasgos. Subtis viagens da amizade pronuncia o espelhar da vontade
Quentes mordaças esqueléticas em prisões absurdas gritam vozes agudas e sentam-se nas janelas de meteoros catalépticos.
Magnetikiss;)
MagnetikMoon:
Os lábios não se abrem, as ruínas são os sulcos e as janelas o reflexo que os espelhos acolhem
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