Thursday, February 19, 2009

Lábios do Ser

Conceito uniforme desmaterializado À frente dum abismo de raios. Ao permanecer o som rebola nos cantos das fogueiras, peregrinos desalinhados do tempo a resgatar sorrisos às provocações. Ficar seduzido pelo pormenor escondido, mergulhado na semente da tela, as cantorias do Ser dedilham chamas de pontes rendilhadas, com o Eu a gemer, o suspirar emociona-se intempestivamente galgando o ininterrupto deslocamento da vivência. Ficção do momento a reescrita do nevoeiro sulca a corda do conceito até ao ponto dos lábios, da estação encruzilhada.

4 comments:

Gothicum said...

"Somos todos campos de batalha, nos quais se digladiam deuses."
(Paul Valéry)


...quantos sorrisos saem dos lábios escondendo a verdadeira essência do ser...esboço um sorriso sem a vontade de o transmitir, mas tenho de o partilhar...ficção da vida. Abraços

DarkViolet said...

Gothicum:

Será mais fácil viver do Eu para o Eu, assim o sorriso viria como um rio. Há a necessaide de partilhar, muitas vezes não reconhecido com pureza.enfim

MagnetikMoon said...

Traços de luar,rebeldes cânticos afloram e as passagens súbitas tornam-se ninhos privados.

Magnetikiss;)

DarkViolet said...

MagnetikMoon:

Os ninhos dos lameiros colhidos com nuvens, trilhos abertos para chamarem pontes as encruzilhadas