Hoje acordo e vejo a chuva cair. Sonho que o dia vai ser diferente do outro, tento modificá-lo para melhor estar escrito nele, numa abertura que caiba, num espaço que esteja confortável. Fabrico os cordéis do que sou, somente sabendo que os raios de sol estarão a sair das nuvens. Os fios das linhas penetram cada espaço do espaço que contém. Penso nalgumas silhuetas, e escrevo. São confusões mentais de que apenas a pedra tumular pode ecoar. Reflexos da pedra que não me atraem, por ser apenas reflexos. Os reflexos nada me dizem, eu nada digo. Digo coisas para mim, que para mim fazem sentido, por vezes. São palavras ocas que ecoam. A única coisa que me confunde no meio disto tudo, é que são sentimentos que vem de dentro da alma e não podem ser compreendidos pelas flores do campo.
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