Gelaste o pedaço de carvão
Ao lado dum violino,
Enquanto o embalo do peito despido
Acordou cordas.
Resta o convento do pedreiro
A velar imortais sons...
A insuportável queimadela
Desfaz-se como um corcunda
Posto ao lado do segundo...
A tenda aberta sustém o vento...
O mar sufocado abraça o vazio...
Galopo a voz tremida, a louca insónia!
O relâmpago irrompe,
Proveniente do sossego...
Tão poderoso reino da silhueta
Que diluo o meigo do formoso mel...
Deixo o incenso invadir as cavernas
Ao cruel do ardente pecado.
As chamas do lábio,
As flores do aflito gemido...
Vou até ao teu colo,
Adormecer na tua vinha,
Para naufragar a doçura
Dos pés descalços, enlaçados...
Bordo o murmúrio...
Dorme comigo Lua mágica...