O Ser é mendigo do seu próprio nome. Escravo das letras impregnadas nos labirintos, cujo sabor infestado de divagações soletra os voos do destino. A proveniência dos risos eufóricos, fazem recair sobre este peregrino a lápida do seu renascimento, no qual em gritos soluçantes geme de vontade de entranhar o rasgo profundo da sua essência. Beber a corrente duma metamorfose de que de si tem o licor de criar o horizonte, sem cavalgar no nome dado de quando era mendigo.
9 comments:
Qual a importância de um nome? Passamos a vida a mendigar, ou melhor, vivemos mendigando porque não nos ensinaram a fazer outra coisa que não pedir..
Em alguns momentos das nossas existências nós soluçamos nas sarjetas...mas há sempre o momento do reerguer-se...
e deixarmos de sermos mendigos...
Escravos das letras... suponho q o sejamos todos um pouco. E mendigos... e loucos.
Beijo*
Este texto vem mesmo a calhar. Eu mesmo sou mendigo da minha própria existência, não da mendicidade da pobreza, mas do irreal da própria vida. Excelente. Abraços
Todos nos somos mendigos que nos arrastamos pela existência da vida... queremos mudar mas somos prisioneiros eternos da nossa existência...parabéns
Uma grande chama para ti... Abraços
Todo ser acaba sendo rotulado, mas ele é muito mais que isso: somos mendigos no universo.
Bat Kiss.
Há sempre um vício, por pequeno que seja, que nos escraviza os sentidos... nele mendigamos a nossa própria existência. Pode o vício ser nome do próprio? Seremos o nosso vício?
abraço
em azul
O percorrer nómada que sacraliza os momentos estranhos do Destino e se acolhe num único cálice:)
Magnetikiss;)
Elisabete S.:
Há hipótese de cavalgar com o fogo acompanhando o mendigo com gritos de esperança. Há Seres que se tornam de certa forma independentes do trilho do nome
Alisson da Hora:
Concordo com essa forma de pensar. Brotar o renascer em cada socalco. O soluçar fará bolhas de esperança
mariazinha:
Deste que limite seja a própria imaginação. Captar as letras, pô-las no ciclo da metamorfose, não deixando o nome ser somente uma lápida
Gothicum:
Tens que colocar os olhos e o Ser no licor da corrente, flutuar e entranhar o sorriso de ancorar em várias etapas. Obrigada
As Chamas do Fénix:
Somos prisioneiros porque muitas das vezes acomodamo-nos às grades. Tem que haver a necessidade de rasgar o fogo com o sentir
bat_trash:
Características esboçadas numa certa forma aleatória. Deveriam as profundezas revoltarem-se contra. Se calhar seria melhor sentir a gota de cada um que o universo
em azul:
A escravatura de Ser aquilo que não se pode Ser. Nesta sociedade o vício é de Ser o outro, alguns conseguem se viciar nos seus abismos
MagnetikMoon:
Esse cálice tem que ser devorado na energia contagiante de cada momento, reflectir a viagem nesses labirintos, provar o nome fervendo metamorfoses
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