Friday, February 13, 2009

Otelo

Um movimento na escuridão entreabre o ruído. Pequenas flutuações, viajantes do frio, refúgio dos traços; a vagarosa brisa nocturna coberta do calor da pele. Esconde-se a verdade num lenço, a palavra do esqueleto voador; os corpos insensatos duvidam de si, contaminam as folhas que partem em navios. Toque a melodia de aguardar o repouso nos braços profundos da entrega, condicionado pela sepultura aberta na dúvida.
O sangue a escorrer, amaldiçoados são os corpos da inveja.


5 comments:

Alisson da Hora said...

"amaldiçoados são os corpos da inveja..."

Lindo texto, linda referência...

abração!

Blood Tears said...

a verdade esconde-se da inveja.... O sangue revela a dúvida....

Blood Kisses

DarkViolet said...

Alisson da Hora:

A tragédia no auge do desespero


Blood Tears:

A dúvida da inexistência, sepultada onde os olhos não alcançam

MagnetikMoon said...

O frio não congela quando o caminho se entreabre melodioso;)

Magnetikiss;)

DarkViolet said...

MagnetikMoon:

A melodia acalma os amantes, sepultando os braços das invejas