O virgem pó encontra-se espalhado pelas cortinas do tempo, aberto aos dedos que fazem ranhuras com sabor a esboços. Da bancada desta dança o corpo desfaz-se num banquete esculpido com o ardor, melodias de portas a ranger, estrado a escoar os murmúrios da essência. Mais perto do inalcançável o cometa deixa rastos de fogo, salpicos de pós, grãos da simplicidade aberta ao rascunho do coração, pureza da qual a mordedura de sorrisos canta o virgem pó.
15 comments:
...às vezes gostava de ser abençoado pelo pó virgem da vida...mas o tempo, esse, não dá tréguas...fica somente a essência...Abraços
Gostei deste espaço.
Um abraço
'pó virgem'... não conhecia! Mas é estupendo baralhar palavras e poetar, mesmo que em jeito de prosa!
Nostalgia?! Poderá ler-se...
Sensibilizada pelo atento olhar!
... e por vezes, do pó se faz poesia!
Azul, cor de mar, cor da profundidade, cor da nostalgia...
Belíssima, a fotografia! Também :)
...e dos galhos renascem a vontade de um novo viver...
Também nesta sua dança, somos espectadores de um bailar de palavras...utópicas mordeduras de um pó virgem nos calcanhres do tempo...
Boa semana
achei isso tudo muito surreal.
Blog Suicide Virgin
DarkViolet;
Extraordinárias palavras. De tudo consegues construir uma sinfonia poética.
A imagem é excelente.
Abraço
PS: Gosto muito dos Blutengel!
E o fio da navalha, corta o teu pó virgem...?
;-)
Beijinho
O dom da palavra corre nas tuas veias. É o aglomerado de palavras organizadas que poucas pessoas conseguem ter...Gostei de ler.
Bjo
Fatima
Sem dúvida que tens o dom de escrever bem presente ...de uma forma difrente ;) amei!!! Poesia ?! Prosa ? ! Não importa o importante é o que sentimos ao ler-te . Beijocas
E o que somos, senão matéria semelhante a este virgem pó, temporariamente compactado, e, quem sabe?, prestes a espalhar-se outra vez nas cortinas do tempo.
Um abraço!
Gothicum:
O pó poderá estar sempre virgem? ele acumula-se sempre, a misturar oscilações do qual se sente a pureza. Algguns esquecem-se da essência mas sim ela presente estará sempre
MARTHA THORMAN VON MADERS:
obrigada!
Miosotis:
A mistura faz parte da dança, não se pode ficar preso aos condicionalismos impostos. Quando comecei a escrever este post foi ao ver as janelas com o pó e com os dedos rabiscar desenhos, depois deu nisto
Fragmentos Culturais:
Junta-se os pedaços, forma a corda de desenhos filtrados com o tempo. é o azul das cementeiras, das nuvens e principalmente do horizonte. O Sandro Andretta tem bom gosto:)
Lúcia Machado:
Nos galhos nascem as velas para o vento vir.
A viagem constante, o deambular essencial para a perpetuação da imaginação
Semana óptima com chuva que adoro
Äмbзr Gïrℓ ⅞:
O que está desfocado, focado precisa estar
Mr. Lynch:
Nem de tudo mas dá-me prazer rendilhar novas formas numa mistura sempre a fervilhar.Obrigada
O Sandro Andretta agradece
P.S. esta música cativou-me, simples e diz muito. o resto da obra de Blutengel também é agradável de ouvir
Nanny:
o virgem pó só se interessa em semear sensações num murmúrio de essências:)
Um Olhar:
Por vezes duvido que tenha organização mas elas simplesmente vão-se encaixando aos poucos até formar uma manta melódica ao Ser
Agradecido
Isaura Pereira:
O entranhar do voo rega sempre o horizonte, feitiços a traçar o céu para chegar perto da partilha. Não sei se escrevo bem mas agradeço o elogio
Oliver Pickwick:
Sempre naquela dança infernal que chega sempre nas asas dum perfil aleatório. Penetra e o som eclipsa o movimento numa silhueta fresca dando à virgindade a melodia. Um "compactar" momentâneo
É éter, é murmúrio exaltado das proximidades demoníacas, entende a vírgula no dedilhar...:P
Magnetik*
MagnetikMoon:
Isso tem muitos acentos, e nem sempre o pó virgem consegue morder a essência num banquete com que faz o pó espalhar grãos em todas as portas
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