Thursday, December 28, 2006

Moleiro

A memória encontra-se na masmorra
Rendilhada pelas janelas abertas,
Fresca a congelar de suspiros.
Do perfume que emana fica
No colo do corrimão, arrepiado pelos sons
Fugidios de escapar ao despercebido.
A coragem dilui-se nos rios
Negros do olhar, a desabar orvalhos
Húmidos, a revolver o toque da brasa, resvalado
Nos pedaços estilhaçados.
Cai chuva, chuva miudinha cai...
Ouve-se a bengala do silêncio...
Douro, Tejo...Tejo, Douro...
Vêm aí o Moleiro.

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