As masmorras dos pés que marcham roçam na minha pele. Estou morto de vontade de sugar a terra, o odor da cor, a doçura das pétalas, o rosto desfolhado. Se na mistura das grades houvesse um espelho de sangue que perfurasse cada pegada, a imagem iria ser espalhada sem destino.
Estou convencido que só se quer provar um pouco, apenas para sentir a abstracção doutro ser. O tempo afunila a sua espessura sem deixar entrar na verdadeira essência. E na Alma os sentidos mantém-se intactos, para dedilhar as arestas, não da pureza, mas dos cantos do abismo que fazem viagens. Quando não se pega em troncos que da sua casca moram cataratas é porque simplesmente tudo são cinzas, ou o chorar da água não foi feito para desabar em nenhum poço…Enfim…
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1 comment:
Gostei do texto e a imagem também está muito bem escolhida, além de ser muito bonita!!
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