Peguei numa cadeira e sentei-me no canto da janela. A noite já ia alta, mas o sono não vinha. Sinto-me a desfalecer sem ebulição, um arder de sentimentos suspensos nos relâmpagos que aconchegam meu olhar. Refugio-me nas chamas do céu que teimam em querer explodir na palma das mãos, e resvalar nas chamas dum tempo ardente. Estou no meio do trovão que cai das nuvens e que dá luz neste sossego atormentado da minha Alma. Pego neste fogo e gelo-me de cicatrizes...
Acorda demónio, ou adormece no leito de espinhos, ou penetra tua Alma com galhos vestidos de tremores...
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