Sunday, July 30, 2006

Dó sem Pó

Longe do uivo da minha pele
Borbulho o fantasma da Alma
Rasgando cada cicatriz feita em cruz,
Polindo o cálice da Lua
Na língua do vampiro...
Objectos, Sons, Miragens...
A sombra do esquecimento
Nas escadarias dos violinos ,
Pego na tatuagem de pó
E engulo a saliva sem dó .
Devoro a degolar-me
A teia do reflexo
Dentro de labirintos de folhas secas,
Fora do paradoxo do abismo infernal
O olhar fica distante, escondido...

2 comments:

Light said...

adorei este blog,as imagens ,os textos e se me permites ofereço-te algo que escrevi ha algum tempo:

"Criatura

Tenho o sangue a ferver
O olhar raiado de vermelho, a arder
Estou a andar pela sombra
Continua pela mesma trilha
Criatura tonta
Porque já sei, onde tu previsível
Vais tropeçar e ficar zonzo
Eu tenho as garras de fora
E a respiração rouca de quem sabe a tua hora
Tenho o corpo flectido e pronto a saltar
Quando à tua frente aterrar
Já te cortei, com um silvo inaudível
E uma marca indelével, a jugular."

DarkViolet said...

E sai a essência, a deslizar pelas veias, a rouçar a luz