Um som do alto das colinas sopra...
Sopra no alto para cima do monte...
Sopra sem destino...
Um som que toca nas colinas...
Voa saliente pelas fendas, cobertas...
Cobertas de musgo nas cordas...
Cobertas de chamas de brasas...
Voa saliente o mel dedilhado...
Um som voa soprando na coberta.
Thursday, December 29, 2005
Wednesday, December 14, 2005
Mais um...
Anos passam...glórias das sementes germinadas...
Povos que fortalecem suas escamas
Correntes que salpicam o musgo
Pega-se no orvalho e na mistura do tempo, condensa-se as tempestades...
Povos que fortalecem suas escamas
Correntes que salpicam o musgo
Pega-se no orvalho e na mistura do tempo, condensa-se as tempestades...
Monday, December 12, 2005
Ventos
...Ondas dispersas....
...subindo em rodopio...
...cantos de águas...
...fogo a arder...
...braços estendidos...
...na melancolia de esperança...
...cortante de espelhos...
...na mistura....
...subindo em rodopio...
...cantos de águas...
...fogo a arder...
...braços estendidos...
...na melancolia de esperança...
...cortante de espelhos...
...na mistura....
Tuesday, December 06, 2005
Vêm
Água do céu escuro que ouves meu ninho brilhar, vêm até mim...
Vento que levantas de manhã, vêm até mim...
Pedaços de orvalho que adoças o ar, vêm até mim...
Arcos de profundeza, vêm até mim...
Silhuetas no mar a levitar, vem até mim...
São cores, são sensações, são estados de espírito...
São as moléculas da saudade que transpiram....
É a pele molhada de mel....
Vento que levantas de manhã, vêm até mim...
Pedaços de orvalho que adoças o ar, vêm até mim...
Arcos de profundeza, vêm até mim...
Silhuetas no mar a levitar, vem até mim...
São cores, são sensações, são estados de espírito...
São as moléculas da saudade que transpiram....
É a pele molhada de mel....
Monday, November 28, 2005
Pelugem
Teclas de notas escuras
Teclas de espuma branca
Teclas de montes
Teclas de contos...
Em cima do monte a espuma escura de um conto,
Tecla, tecla, tecla, tecla...
Por momentos deliciosos o chão abre-se
Momentos que se abrem
Fechados de céu aberto
Sabores fortes, sobre a pelugem fecham-se.
Teclas de espuma branca
Teclas de montes
Teclas de contos...
Em cima do monte a espuma escura de um conto,
Tecla, tecla, tecla, tecla...
Por momentos deliciosos o chão abre-se
Momentos que se abrem
Fechados de céu aberto
Sabores fortes, sobre a pelugem fecham-se.
Thursday, November 24, 2005
Ser
Normalizo o espaço de bolas que giram.
Pego em cada uma, lanço-as ao ar.
Caiem num pântano de ervilhas.
Bolas de cor verde, em ervilhas de cor alaranjada.
Mar de saltitões que rebolam no universo de seminus.
Escuridão fina que se esconde por entre as arvores.
São longos os ramos que batem nos contornos...
São longas as ruas que movem as aves...
São longas as estrelas que se escondem...
São longos as sirenes que estão amordaçadas.
Dispo as nozes.
Pego em cada uma, lanço-as ao ar.
Caiem num pântano de ervilhas.
Bolas de cor verde, em ervilhas de cor alaranjada.
Mar de saltitões que rebolam no universo de seminus.
Escuridão fina que se esconde por entre as arvores.
São longos os ramos que batem nos contornos...
São longas as ruas que movem as aves...
São longas as estrelas que se escondem...
São longos as sirenes que estão amordaçadas.
Dispo as nozes.
Friday, November 18, 2005
Mãos / Pés
Mãos leves
Pés soltos
Pele de salto corrido.
Sobrancelhas de voo
Ponto por ponto...
Leve cantoria de pó pintado
Ombro quente, molhado
Acordo na corda a balouçar.
Solto miar que ecoa,
Tão áspero de suavidade
Contorço meu cabelo
Deslizo nas notas da areia...
Pés soltos
Pele de salto corrido.
Sobrancelhas de voo
Ponto por ponto...
Leve cantoria de pó pintado
Ombro quente, molhado
Acordo na corda a balouçar.
Solto miar que ecoa,
Tão áspero de suavidade
Contorço meu cabelo
Deslizo nas notas da areia...
Tuesday, November 08, 2005
Pé De Corvos
As linhas que fogem de encontro às tempestades ecoam nos olhos despertos, saltam de altos penhascos na busca de saciarem a sede, andam nos remoinhos de cores dispersas...São linhas que se metem no empedrado calçado, são cores de limas semeadas, são telhados nos alicerces dourados. Contornos suaves de corvos.
Thursday, October 27, 2005
Há toda a memória
Há livros nos pés,
Há cordas enraizadas na alma,
Há melodias de costumes,
Há troncos de suavidade.
Toda a calma,
Toda a vontade na pelugem,
Toda a raiva de rasgar a pele,
Toda a ternura desfolhada.
Memória de pingar o orvalho na veia do recanto do olho...
Há cordas enraizadas na alma,
Há melodias de costumes,
Há troncos de suavidade.
Toda a calma,
Toda a vontade na pelugem,
Toda a raiva de rasgar a pele,
Toda a ternura desfolhada.
Memória de pingar o orvalho na veia do recanto do olho...
Friday, October 21, 2005
Entrelaçar
Pedaço do corpo espalmado pelo tempo fazem soar as badaladas, que tocam no meio da areia que foge. Entrelaçar o voo do passaro amarrado, sem puder suspirar, apenas poder esconder os olhos na pele. Díficil resvalar de linhas que se misturam em tons de espasmos. Caminha-se nas folhas secas do Outono, secando as lágrimas de vertigens diferentes. Nas várias gerações que passam tenho a percepção que a fuga das ravinas só culmina na recordação.
Thursday, October 20, 2005
Doce contacto
Em pó doce que cai dos céus a manhã se aninhou. Os pedaços de leves sobremesas que sobem no musgo a esventrarem, caminham de pé em pé, pendurados na leveza da espuma, no oriente cintilar de risos que mutilam o sossego. Coaxar de permutas de véus acendem as grutas. São misturas alicerçados nos mantos de descansados encaixes, de contactos que batem ao som do inspirar do pincel. Pinceladas de água.
Thursday, October 13, 2005
A formosura mehndi.
Emoldurar o tempo em guarnecidas seivas, segurar o segredo de cativeiros, ou apenas desejar a expressão máxima de linhas que ficam sedimentadas nos substratos da evolução. Se na pele humano cada canteiro floresce, cada floração fica pigmentada, cada pigmento encaixilha nas suas vestes, então as aranhas do tempo voam nas falésias dos traços. São forças de milénios enraizadas na beleza de sulcos, do amor, do calor, da leveza dos símbolos. O corpo regado na sementeira de movimentos labirínticos que fica sufocado nas silhuetas de consagrar a vida. A formosura mehndi.
Monday, October 10, 2005
Jornada eleitoral...
Mais uma jornada eleitoral, mais um dia passado a registar a estatística. Quem ganha mais câmaras, mais vereadores, mais freguesias, ou seja quem se pode orgulhar de ter um vencimento maior nos próximos quatro anos. Não se pode dizer que tenha havido grandes alterações em comparação com as eleições de há quatro anos atrás, com umas ligeiras mudanças de câmaras. Nota-se apenas dois importantes factores: a subida de câmaras da CDU e os "expulsos" terem vencido na maioria dos casos ( Isaltino Morais - Oeiras, Fátima Felgueiras - Felgueiras, Valentim Loureiro - Gondomar). A excepção ao caso é o de Ferreira Torres em Amarante.
Quanto aos prognósticos que elaborei fui um pouco enganado pela conjuntura cerebral e do meu optimismo pelas pessoas perceberem (das respectivas câmaras em questão Felgueiras e Oeiras) que as pessoas envolvidas na candidatura estavam implicadas em matérias de forte corrupção (até pode ser que não). Admito o meu falhanço de quem elegeria mais câmaras mas de facto não reparei que eu já tinha posto 4 representantes, logo saia já em desvantagem :).
Agora podemos pensar a 100% nas presidenciais e no duelo de "tubarões"...
Quanto aos prognósticos que elaborei fui um pouco enganado pela conjuntura cerebral e do meu optimismo pelas pessoas perceberem (das respectivas câmaras em questão Felgueiras e Oeiras) que as pessoas envolvidas na candidatura estavam implicadas em matérias de forte corrupção (até pode ser que não). Admito o meu falhanço de quem elegeria mais câmaras mas de facto não reparei que eu já tinha posto 4 representantes, logo saia já em desvantagem :).
Agora podemos pensar a 100% nas presidenciais e no duelo de "tubarões"...
Agora podemos pensar a 100% nas presidenciais e no duelo de "tubarões"...
Agora podemos pensar a 100% nas presidenciais e no duelo de "tubarões"...
Friday, October 07, 2005
Pés
Nos pés descalços ouço o murmúrio dos céus
Cantos de piranhas a morderem meu calcanhar
Meu dorso contorcido
O ventre esmagado na poeira
Sobe dentro da areia o escorrega do tempo
Cada parte do solo polida pelos lírios
O ventre, o dorso, o calcanhar, os pés....
Moinho de asas escorridas...
São tempestades de fogo, calcadas...
Misturas de saudades, entristecidas nos véus...
Miragens de alucinações, nos pés...
São brumas enfeitadas, são pés nus...
Cantos de piranhas a morderem meu calcanhar
Meu dorso contorcido
O ventre esmagado na poeira
Sobe dentro da areia o escorrega do tempo
Cada parte do solo polida pelos lírios
O ventre, o dorso, o calcanhar, os pés....
Moinho de asas escorridas...
São tempestades de fogo, calcadas...
Misturas de saudades, entristecidas nos véus...
Miragens de alucinações, nos pés...
São brumas enfeitadas, são pés nus...
Thursday, October 06, 2005
Presidenciais
O fogo arde na nossa casa, o céu húmido prevalece escuro, as hipóteses de mudança ficam em miragens que esvanecem, que podemos fazer?! São culturas misturadas em fogo de artifício que as próximas eleições ditarão um resultado esperado. Uma vitória da abstenção, um vitória da propaganda dos media que se limitam a falar nas presidenciais, uma vitória do tacho e do clientelismo. Na governação dos “bolsos” interessa conhecer as pessoas certas, ser independente, entre outras facetas mais colegiais, e depois dar o pulo.
Enchemos o saco de promessas porque o Natal vem aí, e as “verdadeiras” eleições que apenas decidem quem vai poder viajar mais, serão logo a seguir ao homem das barbas grandes. Espero que até lá os metralhas não tragam salpicos de uma nova eleição legislativa após eleições autárquicas, tão apanágio das máquinas partidárias. Mas como o orçamento só vai ser apresentado lá para o meio do mês tudo irá correr bem ou talvez não...
Enchemos o saco de promessas porque o Natal vem aí, e as “verdadeiras” eleições que apenas decidem quem vai poder viajar mais, serão logo a seguir ao homem das barbas grandes. Espero que até lá os metralhas não tragam salpicos de uma nova eleição legislativa após eleições autárquicas, tão apanágio das máquinas partidárias. Mas como o orçamento só vai ser apresentado lá para o meio do mês tudo irá correr bem ou talvez não...
Prognóstico dos PesNus:
- Rui Rio - Porto.
- Carmona Rodrigues - Lisboa.
- António Machado - Mogadouro.
- Valentim loureiro-Gondomar
- Fátima Felgueiras e Isaltino Morais perdem...
- PS ganha a maioria das câmaras.
Monday, October 03, 2005
Butterfly
A cor a desprender dos lábios soltos, das asas arqueadas num arco-íris fumegante. De certeza que se pode ouvir as palavras soltas do tempo, da maresia, das folhas cheias de sentidos, dos ocos troncos nas falésias...Mas qual o sentido de tanta metamorfose?! A transfiguração apenas acontece em harmonia dos ramos que sobem para os céus... A evolução de riscos que marcam, de silhuetas embebidas em círculos, num nu que se afigura na luz. Avistar os arcos da lentidão estonteante.
Janelas
Escamas de colher... malmequer desdobrado... toque de levitação... alvorado de penetração
...
sedução de faíscas... janela pingada...perfurar o ouvido...surdez do penhasco
Saturday, October 01, 2005
Escavações
Um trabalho de esforço, no meio do alcatrão colorido, na labuta diária para encontrar o pote. O último fôlego do primeiro herói nas suas escavações metropolitanas.
Friday, September 30, 2005
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