Monday, February 20, 2006

Estreito Amar

Presenteio-te com a minha alma,
Ofereço-te a minha nudez,
Ornamentos despidos varrem o frio
Noites que outrora brilhavam.

Silêncio magro na plumagem
Evado as covas dos riachos,
Irónico sentido de amar
Na névoa exilado.

Estreitos e imponentes ossos
Muralhas que encharcam o ventre
Tenho a vida em ti,
Como o caminhar enterrado em mim.

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