O homem invisível foi queimado vivo.
Derramou as vísceras,
Cortou os pulsos da memória,
Abrindo o ventre sem glória.
Choveram finalmente brasas do céu,
Gelando, trespassando o mutilado veú,
Penteando as cortinas das trevas
Em espinhos no mar cheio de selvas...
O homem invisível beijou suas cinzas.
Wednesday, May 31, 2006
Tuesday, May 30, 2006
Saliva
As gotas de sangue estão penduradas,
Dentro da saudade desmedida...
Puxo a espada de pincel
Para dilatar a compressão...
Fervo os cogumelos destemperados
Que cortam esta anestesia...
Separo a seiva desta poção mágica...
As fendas da saliva que bebem a nostalgia...
Apenas olho minhas mãos...
Dentro da saudade desmedida...
Puxo a espada de pincel
Para dilatar a compressão...
Fervo os cogumelos destemperados
Que cortam esta anestesia...
Separo a seiva desta poção mágica...
As fendas da saliva que bebem a nostalgia...
Apenas olho minhas mãos...
Monday, May 29, 2006
Futilidades
Onde estou não há vulcões,
Somente um coração a olhar
O pé cheio de erupções...
Sangra o sangue do mar...
Corre as lágrimas de licor
Pelas pedras do mármore,
A eternidade de dor
No manto do Altar-Mor...
Febre do sonho acabou
No canto da febre...
"Por Agora" não dou
O que não reabre...
Há esboços muito frágeis...
Só digo futilidades, mas são minhas...
...
Saturday, May 27, 2006
Longe
Pintei a selva do meu corpo...
Torci a dor com a sede...
O baú dos tesouros está escondido,
Na falta de água, na floresta densa...
Atrair a transparência do prazer
Já é uma aventura...
Um licor de cheiros
A neblina de masmorras, sinto...
Paraliso o meu corpo
Porque olho para longe...
Deixo uma aranha passar na minha mão,
Ela faz-me baloiçar...
Torci a dor com a sede...
O baú dos tesouros está escondido,
Na falta de água, na floresta densa...
Atrair a transparência do prazer
Já é uma aventura...
Um licor de cheiros
A neblina de masmorras, sinto...
Paraliso o meu corpo
Porque olho para longe...
Deixo uma aranha passar na minha mão,
Ela faz-me baloiçar...
Friday, May 26, 2006
Tinta
Este calor está a dar cabo de mim. Não consigo reflectir, o raciocínio dilui-se no ar seco, o pó levanta-se sem que o vento sopre. Estar afogado em espirros constantes, num som que faz eco, uma reprodução que rasga os ouvidos. Uma tela que sai do labirinto, para que na escuridão se afogue em sentimentos. Sai das mãos a essência, a tinta, o pó...Que venha a noite para subir as emoções das sensações suaves.
Thursday, May 25, 2006
Grãos de Areia
Um fio de rio da areia espreguiçada a descair nos dedos levantados ao alto, é o que este anoitecer me faz acariciar. No altar mora a espuma desconhecida sulcando miragens de castelos feitos por crianças. Estremecidos nas conchas o vento não pára de bater, a rasgar as curvas destorcidas, a pulsar de emoção. Os grãos de areia são arranhados pelos dedos frágeis que caem, e se afundam na humidade do vaivém das águas do mar.
Risco no céu dourado, cores espalhadas no horizonte, na Rua da meditação, na inocência quebrada, no licor que derrete em céu de mar. Envergonhado pela timidez dos contactos, o rosto volta às profundidades do areal. Arranco grão atrás de grão, escavo tão fundo que deixo de ver a minha mão. Remexo docemente em solo duro, repousando o resto do corpo de lado, estendido, para o castelo. Fico com as cicatrizes, somente com elas, agarrando o meu peito do ardor duma gargalhada. Atordoados frutos da minha mão que se inclinam neste altar, escorre nos cabelos, nas costas, para dentro de mim...Fogo agreste...
Permaneço no esplendor das coisas mais simples, nos actos que em si são mais puros. Roubo a imagem à natureza, ou apenas um pequeno empresto, não o sei. Sei somente que dos frutos do fruto não pode não florir a semente. Só irá nascer um novo amanhecer, e depois um anoitecer. Esse é um dos ciclos das mãos. Não posso tocar em toda a areia, só ela é que pode tocar toda em mim.
Permaneço no esplendor das coisas mais simples, nos actos que em si são mais puros. Roubo a imagem à natureza, ou apenas um pequeno empresto, não o sei. Sei somente que dos frutos do fruto não pode não florir a semente. Só irá nascer um novo amanhecer, e depois um anoitecer. Esse é um dos ciclos das mãos. Não posso tocar em toda a areia, só ela é que pode tocar toda em mim.
Wednesday, May 24, 2006
Salpicar
Força de saltar para dentro das asas ganha forma. Um encosto que adormece nesse leve batimento, a salpicar a coloração do demónio. Vejo o céu aberto nesta epidemia de pétalas, como uma ponte a transbordar de luzes. São brincos a brilhar neste arco, num cair de setas envenenadas, estremeço no vento a voar com as penas do desassossego. Só, sempre só...
Tuesday, May 23, 2006
O Homem Atlântico
"...Continua também esta exaltação que me vem por não saber o que fazer disto, deste conhecimento que tenho dos teus olhos, das imensidades que os teus olhos exploram, por não saber o que escrever sobre isso, o que dizer, e o que mostrar da sua insignificância original. Disso, sei apenas o seguinte: que já não posso fazer nada a não ser suportar esta exaltação a propósito de alguém que estava ali, de alguém que não sabia que vivia e de quem eu não sabia que vivia, de alguém que não sabia viver, dizia-te eu, e de mim que o sabia e que não sabia o que fazer disso, desse conhecimento da vida que ele vivia, e que também não sabia que fazer de mim..."
O Homem Atlântico, Marguerite Duras
Flutuar
Fixo o olhar nas palavras,
No rosto torcido da saudade...
Longe dos cabelos perfumados,
Encosto-me ao fogo...
O silêncio flutua,
Não posso olhar o vazio,
Não posso tocar o beijo,
Escolho a escuridão da Lua...
Sei da lei que serei rei...
Dum pó de sangue,
Da água com perfis de escravidão.
Pescoço com osso...
No rosto torcido da saudade...
Longe dos cabelos perfumados,
Encosto-me ao fogo...
O silêncio flutua,
Não posso olhar o vazio,
Não posso tocar o beijo,
Escolho a escuridão da Lua...
Sei da lei que serei rei...
Dum pó de sangue,
Da água com perfis de escravidão.
Pescoço com osso...
AAiii
Hoje acordei a sofrer
Com uma lágrima nos lábios,
Torci o corpo nos lençóis
E abracei a pele nua de rios...
Deixei o vento entrar
No canto das costas,
Só um pouco, porque
Não queria humedecer...
Queria escorrer a lágrima
Para o fundo do poço,
Entrar na minha escuridão,
Penetrar-me neste gemido...
Com uma lágrima nos lábios,
Torci o corpo nos lençóis
E abracei a pele nua de rios...
Deixei o vento entrar
No canto das costas,
Só um pouco, porque
Não queria humedecer...
Queria escorrer a lágrima
Para o fundo do poço,
Entrar na minha escuridão,
Penetrar-me neste gemido...
Monday, May 22, 2006
Abismo
As masmorras dos pés que marcham roçam na minha pele. Estou morto de vontade de sugar a terra, o odor da cor, a doçura das pétalas, o rosto desfolhado. Se na mistura das grades houvesse um espelho de sangue que perfurasse cada pegada, a imagem iria ser espalhada sem destino.
Estou convencido que só se quer provar um pouco, apenas para sentir a abstracção doutro ser. O tempo afunila a sua espessura sem deixar entrar na verdadeira essência. E na Alma os sentidos mantém-se intactos, para dedilhar as arestas, não da pureza, mas dos cantos do abismo que fazem viagens. Quando não se pega em troncos que da sua casca moram cataratas é porque simplesmente tudo são cinzas, ou o chorar da água não foi feito para desabar em nenhum poço…Enfim…
Pó Branco
Desvio as cortinas, sinto as mãos...
Abro a janela, vejo um poço...
Os olhos cruéis despedaçam-se
Em veias de raios...
Profundidades de madeira sem sentido,
Escapo de visões fúnebres...
Palpitar, degolo-me de prazer
Exaltando as raízes de nuvens...
O pó branco desce para se
Agasalhar nas paredes húmidas,
Segrego o isolamento,
Da pureza florida...
Abro a janela, vejo um poço...
Os olhos cruéis despedaçam-se
Em veias de raios...
Profundidades de madeira sem sentido,
Escapo de visões fúnebres...
Palpitar, degolo-me de prazer
Exaltando as raízes de nuvens...
O pó branco desce para se
Agasalhar nas paredes húmidas,
Segrego o isolamento,
Da pureza florida...
Friday, May 19, 2006
Engoli
Sento-me aqui, sento-me ali...
Aqui não sinto...
Porventura estarei ali...
Engoli o que li...
Perdi as margens de ti...
Dilema do covil
Escondido do meu ser senil...
Dispo-me ali, dispo-me aqui...
Vi...Vi...Vi...Venho-me...
Aqui não sinto...
Porventura estarei ali...
Engoli o que li...
Perdi as margens de ti...
Dilema do covil
Escondido do meu ser senil...
Dispo-me ali, dispo-me aqui...
Vi...Vi...Vi...Venho-me...
Thursday, May 18, 2006
Pétalas
A mera ilusão de fazer crescer uma flor dentro de mim não passará disso. Somente uma imagem da miragem que penetra na visão do inconsciente dum sonho. Os sons da melodia de mim é escavar sem destino, ou seja há coisas que não foram feitas para nascer. Quanto mais se escava mais sinto que essa libertação é em vão. Liberta-se sentimento e não obtemos sentimentos de volta. A ausência existirá até ao último fôlego aliviar o zombie. Rasgos de nevoeiro são os fantasmas da busca insaciável, a contornar labirintos em que o ponto final é o ponto de partida. É como no filme CUBO. Aprendo que o cair é sempre o ponto mais alto, e o levantar o ponto mais fúnebre. Estas notas pautam e pautarão sempre estas linhas, a rodearem esta viagem. Não tenho o que as pessoas desejam porque tenho somente a mim. Pouco, muito pouco, mas que para mim é o meu único alimento. A escrita torna-se dúbia, abstracta...Como sempre, sem sentido.
Madeira
Poços de madeira são as mulheres.
Incham os olhos de espanto...
Rasgam e raramente penetram...
Sangram ouvindo o silêncio...
Não tenho nada para oferecer
Daquilo que verdadeiramente querem...
Apenas deixo escurecer
A ausência da viagem...
Tudo é mera ilusão...
Incham os olhos de espanto...
Rasgam e raramente penetram...
Sangram ouvindo o silêncio...
Não tenho nada para oferecer
Daquilo que verdadeiramente querem...
Apenas deixo escurecer
A ausência da viagem...
Tudo é mera ilusão...
Wednesday, May 17, 2006
Hospício
Enigma do santo canto
Que mergulhado se encontra cortado.
Palpitar do ser plantado
Num hospício dum recanto.
Só, olhos tristes embebidos...
Pó, voz rouca em tecidos...
Dó, dos pés esquecidos...
Mó, ceifa de sons retidos...
Que mergulhado se encontra cortado.
Palpitar do ser plantado
Num hospício dum recanto.
Só, olhos tristes embebidos...
Pó, voz rouca em tecidos...
Dó, dos pés esquecidos...
Mó, ceifa de sons retidos...
Tuesday, May 16, 2006
Altar
No altar dos Himalaias...
Não sei se há flores em canteiros despidos...
Não sei se o perfume das asas chega aos céus...
Não sei se as lágrimas da chuva são vitrais...
Sei que existe uma silhueta no cordel da memória...
Não sei se os olhos estão cegos...
Não sei se há vontade em mim...
Não sei se há força feita de aço...
Sei que existe uma silhueta no cordel da memória...
Não sei se há flores em canteiros despidos...
Não sei se o perfume das asas chega aos céus...
Não sei se as lágrimas da chuva são vitrais...
Sei que existe uma silhueta no cordel da memória...
Não sei se os olhos estão cegos...
Não sei se há vontade em mim...
Não sei se há força feita de aço...
Sei que existe uma silhueta no cordel da memória...
Monday, May 15, 2006
Novelo
Desmorona o castelo
De fantasmas com estandartes...
Sopra a desmesurada cratera do coração
Afunilada na vertigem,
Ouvindo o palpitar do rastejar
Nos escombros vibrantes da imagem,
Decepo os ossos a tocar
Cordas ocas de emoção...
Visionar pedaços de arte
Peço um novelo...
De fantasmas com estandartes...
Sopra a desmesurada cratera do coração
Afunilada na vertigem,
Ouvindo o palpitar do rastejar
Nos escombros vibrantes da imagem,
Decepo os ossos a tocar
Cordas ocas de emoção...
Visionar pedaços de arte
Peço um novelo...
Friday, May 12, 2006
Hurricane Moon
Dentro das tempestades cai a chuva,
Dentro do fogo rebolam as brasas,
Salpicos inflamados de murmúrios
Num uivo de luz...
Estranhas fontes que serenam
O derramar da cera de pétalas...
O perfume imerso, trémulo...
Os gritos fazem ranger as velas...
Carvão, sedução...
Transpira o ar de prata...
Cadência do céu a olhar
Espaço a enfeitiçar...
Dentro do fogo rebolam as brasas,
Salpicos inflamados de murmúrios
Num uivo de luz...
Estranhas fontes que serenam
O derramar da cera de pétalas...
O perfume imerso, trémulo...
Os gritos fazem ranger as velas...
Carvão, sedução...
Transpira o ar de prata...
Cadência do céu a olhar
Espaço a enfeitiçar...
Planície
Os horizontes penteiam-se de pastagens
Para o véu de sangue cobrir os pés...
Galopo sem vista, coberto de viagens
Rasgando a suavidade dos pés...
Frio gelado da memória a dançar
Em pingos de pedra no chão,
Em vazios de vastidão...
Ancorar nos ferimentos que virão
Martelo o descascar da pele
Dilacero a Alma das planícies...
Para o véu de sangue cobrir os pés...
Galopo sem vista, coberto de viagens
Rasgando a suavidade dos pés...
Frio gelado da memória a dançar
Em pingos de pedra no chão,
Em vazios de vastidão...
Ancorar nos ferimentos que virão
Martelo o descascar da pele
Dilacero a Alma das planícies...
Thursday, May 11, 2006
Dúvidas
Não sei...Porventura...Talvez...Mas...
Os troncos abrem-se,
No calcar dos pés feitos de pó...
A estaca penetra,
No derramar da seiva feita de pó...
O cálice degolado
Esfrega-se no pó...
O olho cai na solidão da tinta...
Os troncos abrem-se,
No calcar dos pés feitos de pó...
A estaca penetra,
No derramar da seiva feita de pó...
O cálice degolado
Esfrega-se no pó...
O olho cai na solidão da tinta...
Wednesday, May 10, 2006
Carlos / Me
Carlos - Estás com os olhos de quem apanhou uma...
Me - Quem?! Eu?!
Carlos - Sim. Não enganas ninguém.
Me - Eu não.
Carlos - Tens sim. E foi numa barraca...
Me - Qual barraca?
Carlos - Aquela barraca...
Me - Qual?!
Carlos - Aquela donde vendem shots...
Me - Ahhhh!!! (Olhar de quem nunca viu um shot à frente) ...
Me - Quem?! Eu?!
Carlos - Sim. Não enganas ninguém.
Me - Eu não.
Carlos - Tens sim. E foi numa barraca...
Me - Qual barraca?
Carlos - Aquela barraca...
Me - Qual?!
Carlos - Aquela donde vendem shots...
Me - Ahhhh!!! (Olhar de quem nunca viu um shot à frente) ...
Cruzes
Violentos olhos que pingam
Na avalanche de rochas...
Escurece o dourado
Dos pés que voam...
Cicatrizes de fogo,
Cruzes enterradas,
Papéis de tinta
A esvanecer os sons...
O tilintar de mãos frias...
Na avalanche de rochas...
Escurece o dourado
Dos pés que voam...
Cicatrizes de fogo,
Cruzes enterradas,
Papéis de tinta
A esvanecer os sons...
O tilintar de mãos frias...
Monday, May 08, 2006
Lençóis
Acordei à noite...
Acordei de noite...
Dormi acordado em cima do ombro...
Deixei os olhos nos lençóis...
Furei o tempo...
Agreguei os poros...
Soltei o licor...
Derramei a leveza...
Dormi de dia...
Devia...
Invado os pés...
Penetro o toque vazio...
Acordei de noite...
Dormi acordado em cima do ombro...
Deixei os olhos nos lençóis...
Furei o tempo...
Agreguei os poros...
Soltei o licor...
Derramei a leveza...
Dormi de dia...
Devia...
Invado os pés...
Penetro o toque vazio...
Friday, May 05, 2006
Anoitece no amanhecer
Anoitece nas águas do lodo
As raízes torrencialmente levantam o inferno...
O beco vazio separa-se
Linhas rectas sem aflição...
Pergunto donde estou...
Pergunto para onde vou...
Pergunto o que sou...
Pergunto à resposta...
Amanhece na terra do gelo
As árvores pingam do céu...
O corredor de chamas funde-se
Nos labirintos do sofrimento...
As raízes torrencialmente levantam o inferno...
O beco vazio separa-se
Linhas rectas sem aflição...
Pergunto donde estou...
Pergunto para onde vou...
Pergunto o que sou...
Pergunto à resposta...
Amanhece na terra do gelo
As árvores pingam do céu...
O corredor de chamas funde-se
Nos labirintos do sofrimento...
Thursday, May 04, 2006
Sopro
Como queria ficar cego para me ver...
Como queria ficar surdo para me ouvir...
Como queria ficar sem mão para me poder tocar....
Como queria ficar sem olfacto para me poder cheirar...
Como queria ficar sem língua para me poder Amar...
Corpo nu, Alma nua...
Cicatrizes de dor...
Esmagar o meu rosto...
Pesadelos de alucinações...
Os meus sonhos vão-se realizar...
Não! Não! Não! Não! Não!
No som das migalhas enroladas...
Não! Não! Não! Não! Não!
As lâminas afiadas cortarão as velas de sangue...
Não! Não! Não! Não! Não!
Sobre o olhar vazio das maldições...
Não! Não! Não! Não! Não!
Na jaula pernoito a sentir o declínio...
Sopro! Sopro! Sopro! Sopro! Sopro!
Como queria ficar surdo para me ouvir...
Como queria ficar sem mão para me poder tocar....
Como queria ficar sem olfacto para me poder cheirar...
Como queria ficar sem língua para me poder Amar...
Corpo nu, Alma nua...
Cicatrizes de dor...
Esmagar o meu rosto...
Pesadelos de alucinações...
Os meus sonhos vão-se realizar...
Não! Não! Não! Não! Não!
No som das migalhas enroladas...
Não! Não! Não! Não! Não!
As lâminas afiadas cortarão as velas de sangue...
Não! Não! Não! Não! Não!
Sobre o olhar vazio das maldições...
Não! Não! Não! Não! Não!
Na jaula pernoito a sentir o declínio...
Sopro! Sopro! Sopro! Sopro! Sopro!
Desprender
Bato nas nuvens do desespero
A recolher os gritos
A atormentar o meu jazigo...
Engulo segmentos ocos de mim,
Pérolas de pó,
Madeira molhada que não arde...
Os meus cabelos secos desprendem-se
Na afeição do desassossego...
Resta morder a cavidade...
Resta-me sentir o que sou...Ruínas...
A recolher os gritos
A atormentar o meu jazigo...
Engulo segmentos ocos de mim,
Pérolas de pó,
Madeira molhada que não arde...
Os meus cabelos secos desprendem-se
Na afeição do desassossego...
Resta morder a cavidade...
Resta-me sentir o que sou...Ruínas...
Wednesday, May 03, 2006
Tuesday, May 02, 2006
Clan of Xymox ( 29 de Abril, Hard Club )
Dentro do som, da ferrugem,
O insaciável desejo da doçura...
Rola os caixões das notas
Flutuam as aflições...
Harmonia de prazeres
Do inferno dormente...
Êxtase regado no fogo
De ranhuras abertas...
Negros mantos
De tectos abertos ao rio,
O som lubrifica
A ALMA de brasas...
O insaciável desejo da doçura...
Rola os caixões das notas
Flutuam as aflições...
Harmonia de prazeres
Do inferno dormente...
Êxtase regado no fogo
De ranhuras abertas...
Negros mantos
De tectos abertos ao rio,
O som lubrifica
A ALMA de brasas...
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